Análise semanal da tendência de preços do milho.
FATORES DE ALTA
a) Clima quente e seco no Brasil e as perdas causadas pela cigarrinha-do-milho na Argentina também são fatores altistas no momento. O USDA prevê uma safra de 52 MT para a Argentina, mas a projeção da BCBA é de 46,5 MT;
b) No Brasil, boa demanda do setor de carnes, que está mantendo os preços Cepea levemente em alta de 2,07% no mês e 0,48% nesta sexta-feira.
FATORES DE BAIXA
a) redução da estiagem nos EUA também pesou sobre os contratos. De acordo com o Monitor da Seca do país, 12% da área destinada ao milho apresentava algum nível de estiagem na última semana, ante 14% na semana anterior. Em Iowa, o principal produtor de milho do país, a parcela do solo com seca moderada diminuiu de 37,31% para 27,43%. Já a parcela com estiagem severa caiu de 19,35% para 16,09%. A previsão para as próximas duas semanas é de chuvas sobre grande parte do Meio-Oeste, o que deve beneficiar o solo mas atrasar o plantio;
b) queda nas exportações americanas: o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou na quinta-feira que os exportadores do país venderam 742,2 mil toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 9 de maio. O volume representa baixa de 17% ante a semana anterior e de 14% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2024/25, foram vendidas 128,2 mil toneladas. As vendas totais, de 870,4 mil toneladas, vieram mais próximas do piso das estimativas de analistas, que iam de 700 mil a 1,15 milhão de toneladas.
MERCADO DO DIA 17/05
MILHO fechou o dia e a semana em baixa com vendas fracas e melhora na umidade durante o plantio
FECHAMENTOS DO DIA 17/05:
A cotação de julho24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,98 % ou $ -4,50 cents/bushel a $ 452,50; A cotação para setembro24, fechou em baixa de -1,12 % ou $ -5,25 cents/bushel a $ 462,50.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou o dia e a semana em queda. O cereal completou a quarta semana seguida de baixa no acumulado semanal. A desaceleração no volume de vendas externas e a melhoria da umidade nas áreas produtoras dos EUA pressionaram as cotações da CBOT. A alta nos preços no mercado físico nos EUA estimulou o produtor a vender muitos lotes, o que colocou um grande volume de grãos em um mercado que não está escoando no mesmo ritmo.
As vendas externas semanais caíram 17% e 14% em relação à médias das últimas 4 semanas. As chuvas no cinturão do milho/soja estão atrasando o plantio, mas garantido uma boa umidade para as primeiras etapas da semeadura, o que pode melhorar os rendimentos ao longo do processo.
Com isso o milho fechou o acumulado da semana em baixa de -3,67% ou $ -17,25 cents/bushel.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Bolsa de Chicago e dólar encerram a semana de mau humor, e B3 tem queda em todos os contratos
Os principais vencimentos de milho fecharam o dia em variações negativas nesta sexta-feira (17). Todos os contratos de milho apresentaram queda, onde as maiores baixas semanais foram registradas no contrato mar/25 (–R$ 0,89). O movimento veio em função de uma baixa do dólar (-0,55% fechando na venda a R$ 5,102) e baixas internacionais, onde fundos também não têm assumido grandes posições, preferindo estar vendidos na semana a semana, e resgatando, assim que possível, ganhos pontuais.
Na Bolsa de Chicago, o contrato julho/24 fechou cotado a US$ 4,52 com queda de 4,50 pontos.
OS FECHAMENTOS DO DIA 17/05
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em variações positivas: o vencimento de julho/24 foi de R$ 58,64 apresentando baixa de R$ 0,51 no dia, baixa de R$ 0,29 na semana; setembro/24 fechou a R$ 61,64 baixa de R$ 0,54 no dia, baixa de R$ 0,72 na semana; o vencimento novembro/24 fechou a R$ 64,73, baixa de R$ 0,42 no dia e baixa de R$ 0,67 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica
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