O período prolongado de chuvas, além de resultar em alta umidade do solo, limitou o avanço da semeadura do milho, que ficou em apenas 1%, totalizando 65% da área cultivada prevista. Em algumas regiões, embora a semeadura esteja chegando ao final, ainda está atrasada no Sul e na Campanha devido ao período mais extenso de incidência de chuvas, iniciado ainda em setembro. Nos campos de altitude, especialmente nos Aparados da Serra, a operação não iniciou, pois é realizada de forma mais tardia pelas condições edafoclimáticas inadequadas para operações em períodos mais precoces.
Apesar da baixa incidência de radiação solar, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e adequado estande de plantas. A maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo (97%), e 3% estão em florescimento.
O manejo realizado pelos produtores no período foi a adubação nitrogenada em cobertura, favorecida por precipitações moderadas, o que garante uma adequada distribuição no solo e disponibilidade de nutrientes para as plantas. A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), principal praga da cultura, apresenta baixa incidência, sendo o uso de inseticidas necessário apenas de forma esporádica.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, após a passagem das chuvas, houve avanço da semeadura, especialmente em Quaraí. Algumas lavouras em estágios iniciais têm sido atacadas por aves, como saracuras, que causam falhas no estande de plantas. Em São Borja, o potencial produtivo se encontra bastante elevado, já que as lavouras foram favorecidas por condições climáticas favoráveis.
Na de Ijuí, a semeadura permanece em 94% da área projetada. Apesar do longo período de nebulosidade, a cultura não foi prejudicada. As lavouras mais precoces já recebem aplicação de fungicidas para controle de doenças.
Na de Pelotas, a semeadura evoluiu lentamente para 8% da área projetada. Os avanços ocorreram em Amaral Ferrador, Arroio Grande, Canguçu, Herval, Jaguarão, Pedras Altas, Pelotas, São José do Norte, Turuçu e São Lourenço do Sul, onde os volumes precipitados foram menores.
Na de Santa Rosa, a presença de alta umidade, de baixa radiação solar, de patógenos e de hospedeiro suscetível, como é o caso de algumas cultivares de milho, exigiu dos produtores a aplicação preventiva de fungicidas.
Na de Soledade, a semeadura atingiu 60% da área projetada. As lavouras recémsemeadas apresentam a emergência esperada, apesar da diminuição da radiação solar e da ocorrência de chuvas.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 2,31%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 60,98 para R$ 62,39.
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Fonte: EMATER RS
