A principal atividade desenvolvida no período foi a colheita, que alcançou 13% da área cultivada. A diminuição do volume de precipitação, nas últimas duas semanas, refletiu na redução da umidade nos grãos, aproximando-os dos teores ideais para o processo de trilha, o que facilitou e acelerou a operação.

Os resultados da colheita apresentam variações, mas indicam tendência de redução na produtividade inicial, conforme observado nas áreas colhidas. A causa dessa diminuição foi o excesso de chuvas, que resultou na lixiviação de nutrientes e prejudicou a polinização durante a fase reprodutiva. Em relação ao aspecto sanitário, a umidade excessiva também favoreceu a proliferação de doenças. Adicionalmente, os danos causados pelo enfezamento, resultante da ação de cigarrinhas, e os danos físicos provocados por vento ou granizo contribuem para a redução da produtividade.

Entretanto, a confirmação efetiva dessa diminuição da safra só será possível à medida que a colheita avançar para lavouras de plantio mais tardio. Prosseguiu a implantação escalonada de lavouras, alcançando 94% da área. Para a Safra 2023/2024, projeta-se o cultivo de 817.521 hectares com o cereal. A produtividade prevista inicialmente é de 7.414 kg/ Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em Aceguá, a semeadura avançou, atingindo 70% da área estimada. As lavouras não enfrentam mais problemas por excesso de umidade, relatados em dezembro, permitindo a aplicação de herbicidas nas áreas já estabelecidas e a cobertura de fertilizante nitrogenado.

Nas primeiras lavouras plantadas, observam-se doenças fúngicas, porém o uso de fungicidas é mais restrito a produtores que adotam níveis tecnológicos mais elevados. Na Fronteira Oeste, em Alegrete, a cultura está predominantemente na fase de enchimento de grãos, e estima-se bom potencial produtivo em função das condições ambientais favoráveis.

Em Maçambará, 10% das lavouras foram colhidas, e as produtividades estão atingindo os patamares estimados no início da safra. Em Manoel Viana, as primeiras lavouras colhidas apresentam produtividades entre 6.000 e 7.000 kg/ha, abaixo das expectativas dos produtores. A falta de luminosidade e vários dias com ventos fortes, que danificaram as folhas das plantas, são apontados como principais motivos para a quebra. As lavouras estabelecidas em setembro, que serão colhidas nas próximas semanas, estão apresentando potencial superior.

Na de Caxias do Sul, as temperaturas significativamente mais elevadas do que as do período anterior e as chuvas regulares configuraram cenário altamente propício para o desenvolvimento da cultura, evidenciando vigor robusto, ótima sanidade e alto potencial produtivo. A maioria das lavouras encontra-se na fase de crescimento dos colmos.

Na de Erechim, 90% das lavouras encontram-se na fase de enchimento de grãos; 3% foram colhidos; e 7% estão maduros para colher, aguardando a redução da umidade do grão. As áreas colhidas indicam produtividade de 6.600 kg/ha, representando redução ligeiramente superior a 20% em relação à projeção inicial de 8.483 kg/ha.

Na de Frederico Westphalen, 2% da área encontra-se em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo; 3%, em fase de florescimento; 20%, em formação de grãos; 46%, em maturação; e 30% colhidos. A colheita avançou celeremente, impulsionada pelo aumento da incidência solar e pela necessidade de novos plantios na resteva. A produtividade está aquém das expectativas iniciais, especialmente nas áreas implantadas mais precocemente (início de agosto).

Os resultados alcançados, até o momento, variam de 3.000 a 6.600 kg/ha Na de Pelotas, o plantio, embora ainda atrasado, intensificou-se consideravelmente neste período. Os produtores que concluíram o plantio da soja direcionam seus esforços para a semeadura do milho. Relatos indicam falta de umidade em algumas áreas, prejudicando a emergência das plantas. Aproximadamente 68% da área prevista está plantada, e apenas em Piratini o plantio foi concluído. As lavouras apresentam estande adequado de plantas e estão na fase de desenvolvimento vegetativo. Os produtores realizam adubação de cobertura com fertilizantes nitrogenados.

Até o momento, não há relatos sobre a presença de pragas e doenças significativas. Na de Santa Maria, as lavouras semeadas em agosto e setembro, utilizando híbridos hiper e superprecoces, estão ingressando na fase de maturação. A maior parte da área encontra-se em desenvolvimento vegetativo, florescimento e enchimento de grãos.

Nota-se considerável extensão de cultivo à medida que a safra de fumo avança. O aspecto geral das lavouras está adequado, embora relatos frequentes indiquem ataques de cigarrinha-do-milho. Na de Santa Rosa, o plantio atingiu 90% da área prevista, e o restante deve ser semeado na safrinha até o final de janeiro. Entretanto, observa-se que parte da área está sendo redirecionada para a cultura da soja, o que pode resultar na redução da área do cereal.

A colheita continuou, e as perdas na produtividade foram agravadas pelo forte vendaval, ocorrido em 07/01, que ocasionou o acamamento de muitas lavouras. Em parte da região, a expectativa de produtividade de 8.617 kg/ha diminuiu para 4.661 kg/ha, representando perda superior a 45%.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, foi de R$ 61,00, estável em comparação com a semana anterior.

Fonte: Emater/RS



 

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