A colheita avançou, atingindo 80%, sendo otimizada pela ausência de chuvas. A distribuição fenológica das lavouras é: 9% em maturação, 9% em estádio reprodutivo (floração e enchimento de grãos) e 2% em desenvolvimento vegetativo, sendo de semeaduras tardias.
Nas áreas remanescentes, a manutenção do potencial produtivo depende da estabilidade climática. Porém, o déficit pluviométrico acumulado em março ameaça comprometer o rendimento. Há relatos de sintomas de estresse hídrico em parte do Estado.
A produtividade está estimada em 6.866 kg/ha, refletindo redução de 3,5% na projeção inicial devido à estiagem. Entretando, a qualidade dos grãos se mantém superior, com teores de umidade próximos a 13%, minimizando descontos comerciais nas unidades de recebimento. Essa condição também tem otimizado o fluxo operacional nos armazéns em função da menor necessidade de secagem.
Em relação ao aspecto fitossanitário, observa-se baixa pressão de doenças e pragas, destacando-se cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), que exige controle químico até o estádio V10, e lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), monitorada para intervenções em estádios larvais precoces.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em Dom Pedrito, 65% da área total cultivada foi colhida. A produtividade média se situa em 8.400 kg/ha. A maior parte das lavouras no município é irrigada, possibilitando melhores resultados, de até 10.800 kg/ha sob irrigação plena. No entanto, as bordaduras dos pivôs, que não recebem a mesma quantidade de água, apresentaram severas perdas devido à estiagem, contribuindo para a redução da média geral de produtividade. A área remanescente encontra-se em fase de maturação, e a conclusão da colheita está prevista para as próximas semanas, caso as condições climáticas permaneçam favoráveis.
Na de Caxias do Sul, o tempo seco tem proporcionado avanço acelerado na colheita do milho, mas tem prejudicado o enchimento de grãos nas lavouras tardias, o que pode resultar em perdas nessas áreas. Na região, a produtividade está estimada em 7.200 kg/ha, e as lavouras de maior desempenho superam 12 mil kg/ha.
Na de Erechim, a safra foi encerrada. A produtividade, está estimada em 9.748 kg/ha, o que deverá incentivar a expansão de área cultivada na próxima safra. Os rendimentos de até 14.400 kg/ha, alcançados em algumas variedades dos cultivos não irrigados, reforçam a expectativa.
Na de Ijuí, 98% dos cultivos foram colhidos, restando 2%, semeados entre final de dezembro e janeiro. A produtividade está estimada em 8.683 kg/ha, considerada muito satisfatória.
Na de Pelotas, 4% dos cultivos estão em desenvolvimento vegetativo; 11% em pendoamento; 36% na fase de enchimento de grão; 12% em maturação; e 37% colhidos. As produtividades da região, estimadas em 4.277 kg/ha, apresentam ampla variação, oscilando entre 3.500 kg/ha e 6.000 kg/ha.
Na de Santa Rosa, 92% das lavouras foram colhidas; 8%, cultivados em safrinha, encontram-se entre os estágios de desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos. Em razão da escassez de umidade no solo, são observados sintomas em plantas, como folhas enroladas e, em alguns casos, branqueamento, impactando significativamente a produtividade. O ritmo de recebimento e de comercialização dos grãos se reduziu, liberando espaço para o recebimento da safra de soja nas unidades armazenadoras da região.
Na de Soledade, 2% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo; 8% em florescimento; 23% em enchimento de grãos; 10% em maturação; e 57% colhidos. Nas lavouras de semeadura tardia, a escassez de chuvas reduziu a atividade fotossintética, comprometendo o potencial produtivo.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 1,13%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,89 para R$ 69,67.
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Fonte: Emater RS