O mercado brasileiro de milho teve uma semana de quedas nas cotações. As perdas vieram devido à paridade de exportação. O milho apresentou quedas nos preços na Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo da semana, e o dólar também recuou, o que pressionou os preços nos portos e “contaminou” também as bases nos valores ao produtor.
Em Chicago, o contrato dezembro do milho caiu 3,4% da quinta-feira da semana passada (28 de agosto) para esta quinta-feira (05 de setembro). Como destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a melhora nas condições das lavouras americanas e do clima no Meio Oeste do país pressionou os preços futuros na CBOT. E o dólar comercial caiu 1,5% no mesmo comparativo. Com o Brasil mantendo forte fluxo de exportações, a paridade de exportação tem sido determinante para a formação de preços no mercado interno.
“A mudança da paridade de exportação ao longo da semana esfriou o mercado brasileiro de milho. Com a queda das indicações nos portos já é verificada movimentação similar por parte dos consumidores no ambiente interno”, afirma Iglesias. Segundo ele, os produtores ainda optam pela retenção como estratégia recorrente. “No entanto, a necessidade de financiar a próxima safra pode alterar esse comportamento”, afirma, com o produtor tendo de vir para vender mais no mercado.
No Porto de Santos, na base de compra, o preço caiu na semana (entre 28 de agosto e 05 de setembro) de R$ 38,00 para R$ 36,50 a saca de 60 quilos. Em Campinas/CIF, a cotação do milho, na base de venda, recuou de R$ 38,50 para R$ 37,50. Já na Mogiana paulista, mercado baixou de R$ 36,00 a saca para R$ 35,00 na venda.
Em Rio Verde, Goiás, o preço na venda recuou de R$ 30,50 para R$ 30,00 a saca. Já em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação se manteve em R$ 36,00 a saca na venda. Em Cascavel, no Paraná, o valor do milho baixou de R$ 33,80 para R$ 33,00 a saca na venda, e em Rondonópolis, Mato Grosso, preço ficou estável em R$ 29,00 a saca na venda.
Fonte: Agência SAFRAS