Durante o cultivo da soja, uma série de doenças fúngicas podem incidir sobre a cultura, causando perdas de ordem quantitativa e qualitativa, prejudicando a produtividade e rentabilidade da lavoura. Uma dessa doenças é o mofo-branco, causando pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, os danos ocasionados pelo mofo-branco podem representar perdas de produtividade de até 70%. Além disso, a doença está presente em aproximadamente 28% das áreas de cultivo de soja no território brasileiro (Meyer et al., 2020).
Veja também: Mofo Branco em Soja – Aspectos gerais
Áreas com histórico de ocorrência da doença devem receber atenção especial, contudo, cabe destacar que o manejo do mofo-branco em soja tem início antes mesmo da aplicação de fungicidas. Em vídeo a pesquisadora da CCGL Caroline Wesp Guterres explica a importância da semente como fonte de inóculo para o mofo-branco.
Uma das principais formas de propagação da doença é por meio da presença de escleródios de mofo-branco na área de cultivo ou sementes. Entretanto Caroline destaca que não necessariamente a ausência de escleródios nas sementes significa a não ocorrência da doença na soja ou culturas suscetíveis.
Figura 1. Escleródios em soja.
Foto: Josefa Neiane Goulart Batista.
Figura 2. Escleródios sementes de soja.
Isso porque, existem duas formas principais de infecção do mofo-branco, uma delas é por meio dos escleródios e outra é através da presença de micélio dormente, interno nas sementes (figura 3).
Figura 3. Lote de sementes com e sem a presença de micélios dormentes de mofo-branco.
Sendo assim, sementes que aparentemente não apresentam escleródios, podem estar infectadas com o fungo, dando início a infestação de mofo-branco. Dessa forma, Caroline destaca que é fundamental realizar o teste de patologia das sementes a fim de verificar a presença de patógenos, sendo um dos testes indicados para isso, o teste em meio neon.
Dessa forma, fica evidente a importância da qualidade das sementes, sendo essencial para a obtenção de boas produtividades de soja e baixa incidência de doenças, além da utilização de sementes certificadas e de qualidade conhecida, o tratamento de sementes com fungicidas que possibilitem o controle do mofo-branco e de outras doenças de início do desenvolvimento da soja.
Além disso, é fundamental atentar para o manejo de fungicidas, principalmente em áreas com histórico de ocorrência do mofo-branco, uma vez que os escleródios podem estar presentes no solo, esperando condições adequadas para germinar e dar origem a doença.
Confira o vídeo abaixo com as dicas da Pesquisadora da CCGL Caroline Wesp Guterres.
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Muito importante as informações sobre mofo branco. Esa última Safra tive problema e perdas com o mofo. Devido a semente de péssima qualidade a qual comprei com nota fiscal mas no momento do plantio veio a surpresa desagradável semente muito desuniforme e suspeita.