Mercado
Em fev/24, a comercialização da soja para a safra 23/24 alcançou 46,32% da produção esperada para o ciclo, avanço de 5,71 p.p. no comparativo mensal. O maior incremento no percentual comercializado do grão em MT está atrelado à necessidade dos produtores em fazer caixa e, em alguns casos, para pagar as despesas.
Por outro lado, o preço médio da soja negociado no mês apresentou queda de 0,88% ante jan/24, fechando em R$ 99,84/sc. No que tange à safra futura (24/25), a venda da soja avançou 1,16 p.p. em fev/24, alcançando 2,46% da produção aguardada para a temporada.
As vendas para o ciclo seguem travadas devido ao preço pouco atrativo da soja futura no momento e aos altos patamares do custo de produção, o que tem deixado o produtor fora do mercado para grandes negociações. No que se refere ao preço da oleaginosa, o valor médio no mês apresentou queda de 1,98% ante jan/24, ficando na média estadual de R$ 94,16/sc.
Confira os principais destaques do boletim:
- COLHEITA: a colheita da soja para a safra 23/24 chegou a 90,42%, avanço de 5,76 p.p. quando comparado com a semana passada;
- INDICADOR IMEA: a média semanal do preço da soja mato-grossense chegou a R$ 99,61/sc, alta de 3,16% quando comparado com a média da semana anterior.
- DÓLAR: pautado pela valorização da moeda brasileira, o dólar apresentou desvalorização de 0,07%, e fechou a média da semana anterior em R$ 4,96/US$.
Na última semana, o USDA atualizou a Oferta e Demanda da soja mundial para a safra 23/24.
Para a produção global, o Departamento reduziu 0,34% no comparativo mensal, ficando estimada em 396,85 milhões de t. Pelo lado da demanda, o consumo ficou projetado em 381,90 milhões de t, recuo de 0,34% no comparativo. Analisando o principal destaque dos dados do USDA, a produção, foi observada uma maior participação na oferta dos países sulamericanos para a temporada, representando 55,96% da produção mundial (222,07 milhões de t).
Apesar de o principal país produtor de soja da América do Sul, o Brasil, ter enfrentado dificuldades climáticas na safra 23/24, a grande oferta está atrelada ao Uruguai, à Argentina e ao Paraguai, que aumentaram as estimativas de produção em 314,29%, 100,00% e 2,49% ante a safra 22/23, respectivamente.
Por fim, essa maior disponibilidade originária da América do Sul tem impactado diretamente na pressão nos preços da soja em Chicago e, consequentemente, no mercado interno dos países fornecedores.
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Fonte: IMEA