O mercado brasileiro de milho apresentou avanço nas cotações nesta semana em parte das regiões. Depois de recentes declínios nos preços do cereal, com oferta crescente e liquidez prejudicada pelos efeitos da pandemia do coronavírus na sociedade e economia, o mercado reagiu às questões climáticas e ao dólar em patamares elevados. Mas não foi uma reação generalizada, ainda houve praças com declínios na semana, refletindo problemas com a liquidez e menor interesse de compra.

Afora as recentes preocupações com a escassez de umidade, e embora uma frente fria nessa semana tenha trazido, enfim, chuvas, agora a chegada de uma massa de ar polar derrubou as temperaturas e trouxe o risco de geadas. Isso gerou temores de perdas para a safrinha e a oferta de milho foi reduzida no mercado, o que determinou a subida nos preços em algumas regiões.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado seguiu atento ao clima, com a possibilidade de geadas neste final de semana nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai. “O câmbio é outro elemento relevante neste momento, com o real extremamente desvalorizado superando todas as expectativas. Nesse ambiente é natural que os produtores se afastem do mercado e optem pela retenção como estratégia recorrente”, comenta. Em suma, os vendedores passaram a segurar mais o milho e o mercado reagiu a isso com altas.

O dólar em patamares elevados é fator favorável às exportações, que garantem escoamento da oferta, e faz inicialmente os preços serem sustentados nos portos, mas também sustenta de modo geral o mercado físico.

No balanço da semana, o milho na base de venda em Campinas/CIF subiu de R$ 51,00 para R$ 53,00 a saca de 60 quilos. Na mogiana paulista a cotação passou de R$ 48,00 para R$ 50,00 a saca.

Já em Cascavel, no Paraná, o preço do milho na semana passou de R$ 46,00 para R$ 48,00 a saca. Em Erechim, Rio Grande do Sul, a cotação recuou na semana na base de venda de R$ 49,00 para R$ 47,50 a saca.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o milho recuou de R$ 45,00 para R$ 44,00. Em Rio Verde, Goiás, o cereal caiu de R$ 45,00 para R$ 43,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, o milho baixou de R$ 44,00 para R$ 43,00.

Fonte: Agência SAFRAS

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