Em vídeo divulgado no canal do Youtube Professores Alfredo & Leandro Albrecht, o professor Alfredo, professor da UFPR e um dos supervisores do grupo Supra Pesquisa mostra algumas possibilidades de controle químico da buva e alerta sobre a resistência de plantas daninhas aos herbicidas.
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No vídeo, o professor mostra sobre a problemática da buva resistente à diferentes herbicidas e alguns sintomas a partir de algumas aplicações que foram realizadas em experimentos.
Para poder realizar a avaliação e o monitoramento, as plantas de buva foram dispostas em diferentes vasos, com plantas resistentes e suscetíveis, de dois tamanhos, e os tratamentos foram os diferentes herbicidas que foram testados para avaliação do comportamento dessas plantas.
Inicialmente o professor mostra uma planta de buva suscetível ao Paraquat, onde foi realizada a aplicação com até 8 folhas e o controle foi efetivo, no entanto, no caso da buva resistente, mesmo realizando a aplicação com até 8 folhas o controle não foi eficiente e a planta se apresenta quase sem sintoma nenhum.
O pesquisador também mostra no vídeo o efeito do 2,4-D, 12 dias após a aplicação em buva resistente, com até 8 folhas, apresentando uma rápida necrose. Essa necrose aparece na planta cerca de 3 horas após a aplicação, porém o ponto de crescimento continua intacto e a planta certamente irá resistir à aplicação, não obtendo o sintoma esperado. Com o uso de Dicamba, o mesmo biótipo apresenta os sintomas normais, assim, não apresentando rápida necrose como o 2,4-D apresenta, e por isso, o controle se mostra mais efetivo. Alfredo cita que o mesmo efeito é esperado em outros auxínicos que não sejam o 2,4-D, como o Triclopyr.
Com o uso do Glifosato a buva se mostra praticamente sem nenhum sintoma, devido a sua resistência. No caso do Saflufenacil, na dose de bula, em plantas pequenas, possuindo entre duas a oito folhas, ele apresenta um controle efetivo, caso passe das oito folhas a planta não é mais controlada com o produto isolado, necessitando de alguma outra combinação, menciona o professor.
Para plantas de buva resistentes ao Paraquat o Amônio–glufosinato apresenta-se como uma boa opção de controle, cita o pesquisador.
Na sequência são apresentadas algumas misturas que são realizadas para o controle da buva como o uso do Glifosato + Amônio–glufosinato, Glifosato + Saflufenacil, que possuem um sinergismo comprovado há mais de uma década, e também são mostradas algumas combinações pensando-se no controle de plantas maiores, como Glifosato + 2,4-D + Saflufenacil, Glifosato + Dicamba + Saflufenacil, sendo que esta última combinação apresenta-se com 12 e 20 dias após a aplicação com um bom controle, pensando-se em uma única aplicação.
Ao se utilizar Glifosato + 2,4-D, é perceptível a visualização da rápida necrose das plantas, 12 a 20 dias após a aplicação. Já no uso de Glifosato + Dicamba, não é observada essa rápida necrose, sendo perceptível a epinastia normal, o que era esperado após a aplicação.
Afredo coloca que o manejo clássico que é observado no campo é a utilização de Glifosato juntamente com um auxínico e posteriormente, cerca de 7 a 10 dias depois, entra-se com um produto de contato, podendo ser o Paraquat para a buva não resistente ao Paraquat e para a buva resistente o Amônio–glufosinato. Porém, é extremamente importante que para se ter o efeito pleno na segunda aplicação com o produto de contato as folhas não estejam completamente queimadas pela primeira aplicação, podendo limitar o controle e efeito do produto.
Por fim, é exemplificado o efeito do uso do Dicamba e 2,4-D utilizados separadamente e Glifosato + Cloransulam, que em plantas maiores, com aplicação após as 8 folhas ou os 15 centímetros, não controlaram as plantas de buva, que apresentam-se rebrotadas e o controle não foi eficiente, o mesmo acontece com Glifosato + Clorimuron, que são alternativas eficientes no controle de plantas de buva com menos de oito folhas, passando desse valor já não se tem a mesma eficiência.
Confira o vídeo abaixo.
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Elaboração: Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.
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