O mercado da soja no Estado segue passando por momentos de incertezas nas últimas semanas. Os principais indicadores que influenciam o preço da oleaginosa em Mato Grosso se encontram pressionados.

Desde maio, quando chegou a ultrapassar a barreira dos R$ 4,00/US$, a moeda norte-americana vem apresentando desvalorização, fechando sexta-feira (26/07) cotada a R$ 3,77/US$, acumulando um recuo de 4,34% em relação ao fechamento de maio.

Da mesma forma, as cotações do contrato corrente do grão na bolsa de Chicago tem encontrado dificuldades de encontrar suporte acima dos US$ 9,00/bu, fechando na última sexta a US$ 8,83/bu.

Com isso, a cotação da oleaginosa no estado segue sob pressão, mostrando desvalorização de 4,18% desde o fechamento de maio. E diante das incertezas da safra dos EUA e dos avanços na relação comercial sino-americana, as cotações do grão tendem a continuar pressionadas.

Confira os principais destaques do boletim: 

• Na última semana o indicador Imea-MT encerrou com uma cotação média de R$ 62,86/sc, alta de 0,25% ante a semana anterior. Apesar da queda nos prêmios portuários, o dólar ajudou a sustentar o preço.

• O contrato corrente da CME finalizou a semana com baixa de 0,54%, média de US$ 8,86/bu, devido às boas condições climáticas nas lavouras dos EUA.



• O prêmio Santos corrente continua apresentando queda nesta semana, desta vez de 3,76%, cotação média de US$ 0,87/bushel, devido à baixa procura pela soja brasileira.

• A paridade mar/20 fechou a semana a R$ 60,44/sc, recuo de 0,30%, fundamentado na desvalorização das cotações do grão na CME.

MARGEM BRUTA REDUZINDO:

O esmagamento de soja tem como principais subprodutos o farelo e o óleo, que são destinados, em sua grande maioria, para a fabricação de rações e produção de biodiesel, respectivamente. Nesse contexto, a margem bruta é um importante indicador para a atividade no estado.

Desta forma, comparando as médias entre jan/19 e jul/19, a margem bruta apresentou uma diminuição de 36,36%. A desvalorização dos subprodutos, em conjunto com o aumento do preço da soja em grão no período, é o fator que fundamenta esta redução da margem bruta em 2019.

Os preços do farelo e do óleo recuaram 2,12% e 10,34%, respectivamente, enquanto a soja subiu 4,46%. Além disso, o preço do biodiesel – que tem como principal fonte de matéria-prima o óleo de soja – também mostrou decréscimo de 11,62% nesse mesmo período.

Este cenário de margens reduzidas pressiona as agroindústrias de processamento de soja, o que poderá influenciar no volume de soja esmagada.

Fonte: IMEA

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