No geral, o mês de outubro foi favorável ao arroz em termos de preços. Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos encerrou o dia 31 cotada a R$ 46,13, acumulando alta de 0,73% frente ao final de setembro.

Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, os menores estoques no mercado interno e a expectativa de redução da área cultivada na temporada 2019/20 são fatores altistas para as cotações. “Porém, a queda do dólar, que fechou abaixo de R$ 4,00 em duas sessões desta semana (até quinta-feira), faz com que a entrada de cereal vindo do Paraguai fique mais barata”, pondera.

“O produto paraguaio “irriga” as indústrias do centro do país com seu arroz de baixo custo e acaba por balizar os preços do mercado doméstico para baixo”, explica o analista. “Isto acontece devido a posição geográfica privilegiada, mais próxima dos grandes centros consumidores, baixo custo de produção e isenção de impostos para a entrada do produto no Brasil”, enumera.

Das 679 mil toneladas importadas até agora neste ano comercial (mar/19 – fev/20), 488 mil toneladas vieram do Paraguai. “A expectativa é de que o país precise importar cerca de 1.150 toneladas nesta temporada para abastecer o consumo interno, ou seja, pelo menos mais 500 mil toneladas nos próximos cinco meses”, destaca Viana. “E, ainda assim, os estoques finais deverão ficar apertados para a próxima temporada”, finaliza.

Fonte: Agência SAFRAS


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