O site do Consórcio Antiferrugem tem 242 casos de ferrugem-asiática da soja registrados, na safra 2020-21. Os primeiros relatos da doença (4%) ocorreram em dezembro, porém, cerca de 70% das ocorrências foram do mês de fevereiro, quando grande parte da soja está na fase de enchimento dos grãos (R5), avalia a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja. “O fato da maioria dos registros ser após a fase R5 mostra que as estratégias de manejo da doença, que incluem a adoção do vazio sanitário e de cultivares precoces, vem auxiliando no escape da doença e, consequentemente, reduzindo os prejuízos dos produtores”, analisa Godoy. “Essa mesma tendência de escape foi observada nas últimas cinco safras, nas primeiras áreas semeadas, e outras doenças têm predominado nas lavouras, nas diferentes regiões”, relata.

A pesquisadora da Embrapa explica ainda que, no site do Consórcio, alguns estados apresentam maior quantidade de relatos que outros, mas que este fato não está relacionado a maior severidade da doença e sim à distribuição dos municípios e a quantidade de relatos. “Como o Paraná (94 registros da doença hoje), o Rio Grande do Sul (76 registros) e o Mato Grosso do Sul (22 registros), por exemplo, têm maior quantidade de municípios produtores de soja do que a Bahia e o Maranhão, a quantidade de relatos nos três primeiros estados é justificadamente maior”, diz Godoy.

Os produtores e técnicos que encontrarem ferrugem nas lavouras podem auxiliar a divulgar a informação, levando as folhas para as cooperativas e outros membros do Consórcio Antiferrugem para atualizar o site. A pesquisadora orienta os produtores a consultarem os resultados de eficiência dos fungicidas para o controle da ferrugem e utilizar os multissítios para aumentar a eficiência de controle. Consulte a publicação: Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2019/2020: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos.

Ferrugem da soja – A ferrugem-asiática da soja foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001, e a partir de então é monitorada e pesquisada por vários centros públicos e privados. Segundo o Consórcio Antiferrugem, essa doença, considerada a principal na cultura da soja, possui um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil.

As estratégias de manejo da doença são: o vazio sanitário, a utilização de cultivares precoces e a semeadura no início da época recomendada, o uso de cultivares com gene(s) de resistência, e o uso de fungicidas.

Fonte: Disponível em Portal do Sistema Ocepar com assessoria de Imprensa da Embrapa Soja

Foto de capa: Divulgação Embrapa Soja

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