O manejo e controle de plantas daninhas durante o período entressafra é uma das principais e mais importantes estratégias para a manutenção da sustentabilidade e rentabilidade do sistema de produção. Ainda que em algumas situações, grandes populações de planta daninhas possam ser observadas durante o final do ciclo de desenvolvimento da cultura, normalmente essas plantas apresentam pequeno crescimento em virtude do sombreamento da cultura cultivada, fato que contribui para o controle mais eficiente dessas plantas daninhas.

De modo geral, plantas daninhas são melhor controladas em pós-emergência durante os estádios iniciais do seu desenvolvimento. Logo, a assertividade do momento de controle/dessecação é fundamental para o sucesso do manejo de planta daninhas. Durante o período entressafra das culturas, um dos melhores momentos para se realizar o controle de plantas daninhas é após a colheita da cultura, possibilitando o controle dessas plantas ainda no início dos fluxos de emergência.

Figura 1. Plantas daninhas em meio a palhada residual do milho.

Fonte: Professores Alfredo & Leandro Albrecht (2022)

O controle entressafra de plantas daninhas ainda compreende uma importante estratégia de manejo da resistência dessas plantas a herbicidas. Durante esse período, é possível fazer uso de diferentes herbicidas e mecanismos de ação de herbicidas, sem prejudicar a cultura de interesse econômico, possibilitando o controle mais eficiente de populações com algum tipo de resistência a herbicidas, especialmente se tratando de espécies de difícil controle com a buva.



Popularmente conhecidas como buva, as plantas do gênero (Conyza), cujas espécies de maior destaque são a C. bonariensis, C. canadensis e C. sumatrensis, se destacam pela elevada habilidade competitiva, rápido crescimento e desenvolvimento vegetal, elevada produção de sementes e alguns casos de resistência a herbicidas. Pode-se dizer que o manejo e controle eficiente da buva é uma tarefa um tanto quanto complexa, havendo necessidade de intervenção contínua tanto na safra quanto entressafra das culturas, a fim de reduzir a densidade populacional dessa planta daninha e limitar os danos causados pela matocompetição.

Atualmente, existem nove relatos de casos de resistência das principais espécies de buva a herbicidas, contemplando diferentes herbicidas e mecanismos de ação, o que torna fundamental o bom posicionamento dos herbicidas para o controle eficiente dessas plantas daninhas.

Tabela 1. Casos de resistência de buva encontrados no Brasil.

Fonte: Heap (2021), apud. Albrecht & Albrecht (2021)

Tendo em vista os casos de resistência da buva, o período entressafra é o momento ideal para o manejo e controle dessa planta daninha com diferentes mecanismos de ação de herbicidas, possibilitando não só a redução populacional, como também o manejo da resistência dessas plantas a herbicidas.

Confira as dicas do professor e pesquisador Alfredo Albrecht.


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Referências:

HEAP, I. THE INTERNATIONAL HERBICIDE-RESISTANT WEED DATABASE, 2022. Disponível em: < https://www.weedscience.org/Pages/Species.aspx >, acesso em: 16/08/2022.

Foto de capa: Professores Alfredo & Leandro Albrecht

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