Os portos de Paranaguá e Antonina, principais portas de entrada de fertilizantes no Brasil, preveem movimentar 42,5 milhões de toneladas do produto em 2023, um aumento de, aproximadamente, 3,5% nas importações em comparação com 2022.

O mercado de fertilizantes no Brasil está apostando em um cenário otimista para os próximos meses. Durante o Simpósio Sindiadubos NPK 2023, que aconteceu no dia 26 de outubro em Curitiba, foi apresentada a projeção de que o Brasil deverá importar no acumulado de janeiro a dezembro deste ano até 44 milhões de toneladas de fertilizantes. Em 2022, foram importados no mesmo período 34.606 milhões de toneladas.

Para a produção, a expectativa é de 6.761 milhões de toneladas, um volume abaixo do que foi produzido no ano passado, que foi de 7.450 milhões de toneladas e mantém o país na dependência do insumo. O Brasil está entre os maiores consumidores do produto no mundo, com aproximadamente 85% do produto utilizado nas lavouras.

Segundo o presidente do Sindicato dos Distribuidores de Adubos do Brasil (Sindiadubos), Aluísio Schwartz Teixeira, apesar do atraso nas compras por parte dos agricultores, o volume de entregas de fertilizantes no país em 2023 deve superar o ano anterior. “Não alcançaremos os níveis de 2021, mas acreditamos que as importações continuarão a se fortalecer, apesar dos desafios do mercado, como flutuações de preços, condições climáticas e a concorrência entre portos”, afirma Teixeira.

Em meio a filas de navios à espera de descarregamento nos portos e ao aumento de demurrage, empresas do setor têm buscado soluções e investido para atender à crescente demanda do mercado.

O Grupo FTSpar – um dos principais players do mercado – está consolidando sua atuação na importação e movimentação de fertilizantes pelos portos do Paraná, que recebem 31,5% de todo o fertilizante que chega ao Brasil. A FTSpar, responsável pelas operações da Fortesolo, Fortepar, FastFrete e Fortenave em Paranaguá, pela concessão do Porto Ponta do Félix em Antonina, e com atua ainda no Porto de Vitória, Espírito Santo, local em que está investindo no aumento de sua capacidade de armazenamento, com resultados já visíveis.

Segundo o CEO do Grupo FTSpar, Valdecio Bombonatto, o diferencial está no atendimento abrangente de toda a cadeia logística, incluindo agenciamento marítimo de embarcações, operações portuárias de descarga, armazenamento, envase e transporte de fertilizantes.

“Hoje, atuamos na importação e exportação de produtos de “porto a porta”, ou seja, conectamos toda a cadeia logística do agronegócio no Brasil, o que proporciona vantagens econômicas e operacionais para nossos clientes”, afirma Bombonatto.

Crescimento e expansão

Uma das empresas do Grupo, a Fortesolo, que atua como operadora portuária no cais público do Porto de Paranaguá há 36 anos, movimentou 179.033 toneladas de fertilizantes em setembro, um aumento de 242% em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram descarregadas 52.297 toneladas. No acumulado do ano, a empresa registrou um crescimento de 6% no market share, mesmo em um mercado encolhido.

O diretor-presidente da Fortesolo, Marco Antônio Ghidini, atribui esse crescimento ao atendimento diferenciado e à sinergia entre as empresas. “Estamos expandindo nossa estrutura para melhor atender o mercado. Até o próximo ano, ampliaremos nossa capacidade de armazenagem em 100 mil toneladas, com uma expectativa de crescimento de 12% nas operações para 2024”, afirma. A capacidade estática da empresa passará de 227 mil toneladas para 327 mil toneladas.

Porto de Antonina

O Porto Ponta do Félix, em Antonina, também está no caminho do crescimento em 2023. A empresa prevê superar o volume de importações de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássio em comparação com o ano anterior. Até a primeira quinzena de outubro, já passaram pelo terminal 706.399 toneladas de fertilizantes, em comparação com as 874.131 toneladas do mesmo período de 2022. O mês de setembro registrou um crescimento de 124%, com 119.260 toneladas, contra 53.125 do mesmo período do ano passado.

O terminal está trabalhando para expandir em 78% a área de armazenagem do produto em 2024, com a capacidade estática estimada em 460 mil toneladas atualmente, que deve aumentar para 520 mil toneladas nos próximos meses. O entreposto aduaneiro é um dos diferenciais competitivos do terminal, proporcionando maior flexibilidade em negociações comerciais e agilidade nas operações portuárias.

De acordo com o diretor-presidente do Porto da Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, 2023 foi ano de desafios e consolidar investimentos em infraestrutura (armazenagem) para atender a demanda crescente dos clientes.

“A expectativa para 2024 é de crescimento e ainda expansão na infraestrutura do Porto de Antonina para atrair novas cargas e novos clientes. Temos convicção que estamos em ciclos positivos. A integração com outros serviços do grupo FTS agrega um valor significativo para nossos clientes e certamente celebraremos mais um ano de bons resultados”, enfatiza Birkhan.

Esse crescimento é uma resposta positiva após um ano de queda nas importações, impulsionada pelos altos preços no ano anterior, que resultaram em uma redução da demanda por parte dos agricultores.

Fonte: Assessoria de Imprensa Grupo FTSpar



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