Os preços das paridades de exportação da pluma de algodão em Mato Grosso apresentaram constante alta nas duas primeiras semanas de maio. Porém, nesta semana, os contratos jul/20 e dez/20 tiveram uma retração de 2,44% e 2,70%, ficando cotados a R$ 112,36/@ e R$ 108,28/@, respectivamente, quando comparados aos da semana passada.
Tal desvalorização está atrelada ao recuo da moeda norte-americana, que por sua vez, é reflexo da intervenção do Banco Central brasileiro no mercado. Além disso, o cenário interno no Brasil pesou bastante na queda do câmbio.
Desta forma, o que vem sustentando as cotações das paridades de exportação é o dólar neste ano, se ele voltar a patamares vistos no início do ano passado e as cotações de NY continuarem se desvalorizando, os preços em MT tendem a ficar mais pressionados.
Confira os principais destaques do boletim:
• Após várias semanas em queda, o preço Imea-MT registrou uma variação de +2,06% e ficou cotado a um valor de R$ 82,14/@.
• O dólar encerrou a semana em queda de 3,79%, repercutindo o cenário interno brasileiro e a intervenção do Banco Central no mercado. Dessa forma, a moeda norte-americana ficou cotada a R$ 5,66/US$.
• O preço do frete da pluma apresentou uma desvalorização de 7,07%, ante a semana passada, pautado na menor disponibilidade de pluma no mercado interno.
• Os subprodutos do algodão em Mato Grosso avançaram na última semana, com variações de 0,29%, 0,67% e 0,66%, com isso, o caroço, a torta e o óleo ficaram cotados a R$ 606,03/t, R$ 636,37/t e R$ 2.507,52/t, respectivamente.
Preço do Algodão:
Mesmo com as incertezas quanto à demanda pela pluma no mercado internacional, a cotação da fibra na bolsa de Nova York tem apresentado tendência, mesmo que lenta, de valorização nas últimas semanas, devido à perspectiva de uma vacina para o combate do Covid-19.
Assim, o contrato corrente (jul/20) fechou com valorização semanal de 1,06% e cotado a ¢US$ 58,32/lp. Já no Brasil, os preços avançaram 4,73% no comparativo semanal, fechando a um preço médio de ¢US$ 46,71/lp, segundo os dados do Cepea/Esalq.
Ao analisar o atual cenário no gráfico ao lado, podemos observar que os preços brasileiros em abril e maio estão mais competitivos em relação ao seu maior concorrente (EUA) no mercado externo.
No entanto, com a retirada das taxações entre a China e os EUA e o acordo comercial, aliado a menor disponibilidade da pluma no Brasil, a maior consumidora da fibra tende a direcionar seu consumo para o produto norte-americano.
Fonte: Imea