Os preços do trigo seguem com viés de alta no Brasil. Os negócios foram lentos e pontuais ao longo desta semana. Os produtores priorizam a safra de verão e seguram suas vendas. Os fretes também estão mais elevados, afetando o ritmo de comercialização. Enquanto isso, os moinhos não têm urgência para compras, aguardando por melhores oportunidades e enfrentando dificuldades em repassar os preços da farinha.
Com as pontas distantes, a tendência é de que o lado vendedor tenha vantagem na formação de preços. Isso porque a oferta é restrita. Ao mesmo tempo, a safra argentina segue entrando com força no mercado brasileiro. O câmbio, no entanto, encarece as importações, valorizando o produto doméstico.
USDA
Nesta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório de oferta e demanda. O indicativo foi de maior oferta.
A produção mundial de trigo em 2024/25 é estimada em 797,23 milhões de toneladas, acima das 793,79 milhões estimadas em fevereiro. Para 2023/24, a estimativa ficou em 789,89 milhões de toneladas.
Os estoques finais globais em 2024/25 foram estimados em 260,08 milhões de toneladas, contra 257,56 milhões em fevereiro. O mercado esperava 257,5 milhões de toneladas. Para 2023/24, as reservas finais foram estimadas em 269,5 milhões de toneladas.
A produção do cereal nos Estados Unidos em 2024/25 é estimada em 1,971 bilhão de bushels. Em fevereiro, o USDA estimou 1,971 bilhão de bushels. Para a safra 2023/24, a produção estadunidense ficou em 1,804 bilhão de bushels.
Os estoques finais do país em 2024/25 foram projetados em 810 milhões de bushels, contra 794 milhões em dezembro. O mercado esperava 796 milhões. Em 23/24, foram 696 milhões de bushels.
Fonte: Gabriel Nascimento / Agência SAFRAS