O mercado brasileiro de trigo encerra maio com preços em alta de cerca de 10% nos preços no Paraná e no Rio Grande do Sul. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro, o viés altista perdeu força ao longo do mês, levando em conta o acompanhamento dos trabalhos de plantio e retrações cambiais observadas nos últimos dias. A indústria já está bem abastecida, o que diminui a liquidez do mercado – já reduzida pela menor oferta disponível.

Para junho, Pinheiro acredita que a manutenção de uma conjuntura de retração do dólar deve manter os preços estáveis, com chances de recuo. “É difícil um cenário de novas altas”, disse.

Neste ano comercial, até abril, o país importou pouco mais de 5,2 milhões de toneladas, frente a uma necessidade estimada por volta dos 7 milhões de toneladas. “Com três meses até o encerramento do ano comercial, o país tende a importar ao menos mais 1 milhão de toneladas visando o abastecimento doméstico, favorecida pela atual retração cambial.

Mesmo assim, o ingresso de oferta poderá ser inferior a estes 7 milhões de toneladas, avaliando também uma potencial redução da demanda no mercado interno pelos produtores derivados do trigo, devido às medidas contra disseminação do coronavírus”, analisou.

Plantio

Os trabalhos de plantio superam 63% da área estimada no Paraná, conforme o Departamento de Economia Rural do estado, o Deral. No Rio Grande do Sul, a Emater/RS não indicou um percentual exato, mas o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro, estima que se aproxime de 10%. Na Argentina, conforme a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, os trabalhos atingiram 13,4% da área nesta semana.

Fonte: Agência SAFRAS

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