O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, falou da importância da agricultura irrigada para a produção de alimentos no Brasil na abertura do 3º Workshop “Setor Agropecuário na Gestão da Água”, realizado na terça (10), na sede da entidade, em Brasília.

O evento reuniu produtores rurais, presidentes de Federações estaduais de agricultura e pecuária, especialistas e representantes do setor público e privado para debater o desenvolvimento de políticas públicas que viabilizem a produção irrigada e promovam a segurança alimentar.

Na parte da manhã, ainda foi realizado o painel ‘Energia e Água para o Desenvolvimento do Campo” e foi lançado o estudo “ Avaliação da Demanda Energética na Agricultura Irrigada para Apoio na Condução de Políticas Públicas do Planejamento Setorial ”.

O estudo foi demandado pelo Sistema CNA e executado pela Universidade Federal de Itajubá (MG) por meio do Núcleo de Pesquisa e Extensão do Instituto de Recursos Naturais (Neiru).

Na abertura do evento, o presidente da CNA afirmou que é possível triplicar a área irrigada que hoje está em torno de 9,5 milhões de hectares. “Muitos acham que podemos chegar até a 55 milhões de hectares, mas acredito que se triplicarmos a área irrigada já será um bom começo”, disse.

Martins falou das potencialidades da irrigação e defendeu a desburocratização dos processos “para que possamos crescer algo em torno de mais de 250 mil hectares por ano”. Ele lembrou que “um hectare irrigado vale mais do que três hectares de sequeiro”.

O deputado federal General Girão (PL/RN), presidente da Frente Parlamentar em Prol do Semiárido, disse que a energia e a água são fundamentais para desenvolver projetos de irrigação e oferecer melhores condições de vida no campo.

“São elementos importantíssimos para que as mulheres e o homens do campo deixem de ser moradores rurais e passem a ser produtores rurais, produtores de alimentos. E assim não vai existir limite para a produção no sertão”, destacou.

Na avaliação da diretora-presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Verônica Sanchez, para se concretizar o aumento da área irrigada no país será necessário produzir em regiões onde há disponibilidade hídrica para que a atividade rural consiga prosperar com sustentabilidade.

Verônica também ressaltou que o grande desafio é desburocratizar e agilizar a concessão de outorgas para todos os usuários de água, inclusive para a agricultura, que é o principal demandante hoje no Brasil.

O presidente da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID), Sílvio Carlos Ribeiro Vieira Lima, disse que os investimentos em irrigação no Brasil devem ser incentivados para aproveitar o potencial da atividade.

“Esse potencial deve ser trabalhado com ações para estimular essa agricultura irrigada que ainda é pouco aproveitada no país. A ABID tem trabalhado bastante para apresentar a toda a sociedade a importância da agricultura irrigada”.

Já o secretário de Segurança Hídrica do Ministério da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (MIDR), Giuseppe Vieira, falou do trabalho do órgão para levar a água a regiões como o semiárido e promover o crescimento da agricultura irrigada no país em regiões onde há poucas chuvas.

Segundo ele, há várias regiões no país com boa disponibilidade hídrica e com potencial de expansão da irrigação sem a necessidade de abertura de novas áreas e gerando desenvolvimento e renda aos produtores rurais.

Fonte: CNA



 

FONTE

Autor:Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Site: CNA

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