Com grande parte das lavouras de soja em desenvolvimento reprodutivo no RS, a disponibilidade hídrica é fator decisivo para a obtenção de boas produtividades das lavouras gaúchas. Embora atualmente grande parte das regiões apresente condições melhores de armazenamento de água no solo, é essencial acompanhar e verificar as previsões de tempo, a fim de posicionar práticas de manejo que beneficiem o desenvolvimento da soja.
Conforme trazido por Bárbara Sentelhas, para a Região Noroeste do Rio Grande do Sul, as previsões de tempo para os próximos 30 dias indicam volumes acumulados de aproximadamente 110 mm para Santa Rosa, 97 mm para São Luiz Gonzaga e 100 mm para Campo Novo. Na Região do Planalto, as previsões do tempo indicam volumes acumulados de 120 mm para os próximos 30 dias para Água Santa, 139 mm para Sarandi, 132 mm para Não-Me-Toque e 129 mm para Ibirubá. Em ambas das regiões, os maiores volumes de chuvas são esperados durante a ultima semana de Fevereiro e primeira semana de Março.
No Noroeste-Centro do RS, há maior discrepância entre as previsões em função do órgão/instituto, contudo, volumes significativos são esperados para a maioria das regiões, especialmente no início de Março. Para Panambi, para os próximos 30 dias são esperados cerca de 134 mm, enquanto que, para Cruz Alta são esperados aproximadamente 103 mm. Para Tupanciretã e Júlio de Castilhos, há grandes divergências entre as previsões, o Climatempo estima aproximadamente 67 mm para ambas as regiões, enquanto o NOAA traz volumes acumulados de cerca de 205 mm.
No Centro-Sul gaúcho, com discrepâncias nas previsões, o Climatempo aponta volumes acumulados de 54 mm para São Sepé, enquanto o NOAA traz 132 mm para a região. Para Caçapava do Sul, são esperados cerca de 70 mm, enquanto que, para Bagé e Arroio Grande, são previstos cerca de 40 mm, sendo essas, as regiões com menores volumes previstos para os próximos 30 dias.
No geral, pode-se dizer que para a maioria das regiões do RS, as previsões de tempo indicam bons volumes de chuvas nos próximos 30 dias, com maiores precipitações concentradas em 28/2 e 04/3. Com relação aos Fenômenos ENOS, os prognósticos climáticos ainda mantem a previsão de enfraquecimento de El Niño, seguido pela tendência de fortalecimento do La Niña a partir do trimestre Maio-Junho-Julho (figura 1).
Figura 1. Previsão de probabilidade oficial CPC ENSO (Fevereiro de 2024).
Confira abaixo o vídeo com as contribuições de Bárbara Sentelhas em mais um Clima Cast RTC.
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