Durante o mês de Junho, a maioria das chuvas observadas no país concentraram-se nos extremos Norte e Sul do Brasil. Com anomalias positivas das precipitações, essas regiões registraram chuvas acima da média histórica. No entanto, as demais regiões do país, especialmente os estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, registraram anomalias negativas das precipitações em Junho, com déficits de até 100 mm no volume esperado de chuvas para o período, impactando algumas culturas no campo.
Como consequência, o armazenamento de água no solo foi afetado pelas precipitações, e as regiões mais prejudicadas pelo baixo volume de chuvas no mês de Junho, apresentam baixa disponibilidade de água no solo, o que pode prejudicar o desenvolvimento de pastagens em algumas regiões.
Previsões
Para os primeiros 15 dias do mês de Julho, as previsões climáticas indicam uma tendência em haver poucas precipitações (figura 1), como consequência principalmente da transição do fenômeno El Niño para o La Niña.
Figura 1. Chuva acumulada prevista para os primeiros 15 dias de Julho.
Para o restante do mês de Julho, os modelos climatológicos indicam uma tendência de chuvas dentro da normalidade para o mês, com pouca anomalia nas precipitações. Vale destacar que embora a maioria dos modelos climatológicos apresentem grande confiabilidade, previsões a longo prazo estão sujeitas a alteração.
La Niña
Com relação aos fenômenos ENSO, embora o resfriamento da superfície do Pacífico, demonstre o fortalecimento do La Niña, alguns modelos climatológicos também preveem uma possível recuperação da temperatura ao início de 2025, durante o trimestre Janeiro, Fevereiro, Março, o que pode indicar uma possível La Niña fraca, voltando à neutralidade após esse período.
Figura 2. Projeções climatológicas – previsões ENSO.
Confira abaixo as atualizações completas trazidas pelo Sistema Tempocampo/Esalq de Julho de 2024.