A diversidade de ambientes aptos à produção de trigo no Brasil dificulta a padronização das estratégias de manejo das doenças que afetam a cultura. O trigo pode sofrer com o ataque de fungos, vírus e bactérias em diferentes fases de desenvolvimento da lavoura. Veja aqui as doenças mais frequentes no trigo e como fazer o controle.

Sem dúvidas, a melhor forma de controle de doenças nas lavouras é a resistência genética das plantas, contudo, nem sempre a sanidade das cultivares está associada ao alto rendimento de grãos ou forragem, ou mesmo a características de qualidade demandada pelos diversos segmentos do mercado. Ainda, em muitos casos, ocorre a mutação do patógeno, e as cultivares sofrem quebra de resistência para determinadas doenças.

Diferenças ambientais, como clima seco ou úmido/chuvoso, frio ou calor, altitude da lavoura, tipo de solo ou rotação de cultivos e histórico da área podem favorecer ou frear naturalmente determinadas pragas e doenças no trigo.

A equipe de fitopatologia da Embrapa Trigo identificou as doenças que ocorrem com maior frequência na cultura do trigo, dividindo as regiões tritícolas do Brasil em Centro-sul (sul do Paraná, SC e RS) e Cerrado/Sudeste (MS, GO, DF, BA, MG e SP).

Entre os principais problemas causados por doenças na cultura do trigo no Cerrado brasileiro destacam-se podridão-comum de raízes, estria-bacteriana,  brusone, mancha amarela e mancha marrom da folha. “Sem dúvida, a brusone ainda é o maior desafio na região. Apesar dos avanços na resistência das cultivares, em anos com alta severidade da doença os danos ainda são impactantes, com resultados nem sempre satisfatórios no controle químico”, avalia o pesquisador João Leodato Nunes Maciel.

Na Região Centro-sul, as doenças mais frequentes no trigo são nanismo-amarelo da cevada, mosaico do trigo, oídio, ferrugem da folha, mancha amarela e giberela. A preocupação maior do setor produtivo é com a giberela, fungo que ataca as espigas e pode resultar em contaminação dos grãos por micotoxinas. Porém, na safra passada, o clima seco causou perdas por viroses e oídio, doenças que contam com cultivares resistentes disponíveis no mercado. Em anos mais chuvosos, o mosaico têm sido problema, principalmente em solos compactados, além da preocupação com a quebra de resistência das cultivares para ferrugem da folha.

Os detalhes sobre cada uma das doenças citadas estão publicados no artigo “Doenças da cultura do trigo no Brasil”, publicado na revista Plantio Direto (edição 174), de autoria dos pesquisadores João Leodato Nunes Maciel, Cheila Cristina Sbalcheiro, Douglas Lau, Flávio Martins Santana, Leila Maria Costamilan, e Maria Imaculada Pontes Moreira Lima.

Saiba mais sobre manchas foliares no trigo assistindo ao vídeo com a fitopatologista Cheila Sbalcheiro.

Fonte: Embrapa

Foto de capa: Biotrigo

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