O mercado brasileiro de arroz apresentou leve recuperação nos preços ao final da primeira quinzena de janeiro. Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do cereal em casca encerrou a R$ 62,22, 0,32% mais alto frente ao mesmo período do mês anterior. Mas ainda 31,70 inferior quando comparado ao mesmo momento do ano passado.

Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, o leve suporte vem da postura defensiva de vendedores. “A ideia de possíveis quebras na safra gaúcha com o clima seco é uma das esperanças dos produtores para que os preços tenham fôlego de alta neste período final de entressafra”, explica.

“Por outro lado, temos o cenário fundamental em que a lavoura de arroz, por mais riscos que ainda tenham de secas e possíveis perdas na produtividade, segue em boas condições”, pondera o analista. Nesse cenário e com estoques em patamares elevados, o Brasil tem condições – e necessidade – de exportar e atender à demanda internacional do arroz em casca em 2022, o que, por sua vez, poderia sustentar os preços nacionais ao longo do ano.

O entendimento geral do mercado é de que a exportação é o principal fator para possível recuperação das cotações. “O mês de novembro foi o pior em 12 anos para a exportação do cereal”, lembra Viana. “A diferença entre os preços domésticos e a cotação do cereal em Chicago demonstra que, em caso de normalização total, ou parcial, dos custos de fretes e disponibilidade de containers na próxima temporada, as exportações brasileiras devem crescer fortemente e trazer suporte aos preços internos”, frisa.

Fonte: Agência SAFRAS

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