(06/03/2023 a 13/03/2023)
N-NE: São previstos volumes de chuva maiores que 60 mm em grande parte da região Norte. Em áreas do Centro-Sul do PA, Sudeste e Oeste do AM e Oeste do AC os acumulados podem ultrapassar 100 mm. Na região Nordeste, são previstos volumes entre 60 e 80 mm no MA, e no Centro-Norte do PI. Em áreas do Oeste da BA e Norte do CE os volumes não ultrapassarão os 50 mm, o que poderá causar restrição hídrica em parte das lavouras. Em regiões da BA e na porção Leste da região Nordeste predominará o tempo seco, resultando no aumento do deficit hídrico no solo.
CO: Há previsão de volumes de chuva significativos que podem ultrapassar 70 mm no Norte de MT, grande parte de MS e em áreas do Sul e Norte de GO. Essas chuvas serão benéficas para os cultivos de primeira safra em enchimento de grãos e para os de segunda em desenvolvimento, mas poderão atrasar a colheita da soja e o plantio do milho 2ª em algumas áreas. No restante da região, os volumes serão inferiores a 50 mm, favorecendo as lavouras de soja que se encontram majoritariamente em maturação e colheita.
SE: Os maiores acumulados de chuva devem ocorrer em áreas do Sul de MG e em grande parte de SP, com volumes que podem ser maiores que 80 mm. No Triângulo Mineiro, em áreas centrais de MG e no Sul do RJ, os acumulados podem ficar entre 20 e 50 mm. As chuvas serão favoráveis para os cultivos de grãos, cana e café, com exceção de parte de SP, onde as chuvas serão mais intensas e poderão interromper a colheita da soja, e do Leste e Norte de MG e no ES, onde haverá predomínio de tempo seco, agravando a restrição hídrica.
S: Podem ocorrer grandes acumulados de chuva, ultrapassando 80 mm em áreas do Nordeste do RS, Leste de SC e Leste e Norte do PR no início da semana. Essas precipitações contribuirão para a manutenção da umidade no solo, mas poderão atrasar a colheita da soja em algumas áreas. No restante do RS e no Oeste de SC, não há previsão de chuvas em grande parte da semana, predominando o tempo seco e quente. Essa condição manterá a restrição hídrica em parte das lavouras de arroz, milho e soja no RS.
PROGRESSO DE SAFRA – 26/02 a 04/03/23
- SOJA
43,9% colhida. Em MT, a colheita aproxima-se da conclusão e os desempenhos continuam satisfatórios. No PR, as chuvas contínuas reduziram novamente o ritmo da colheita e tem favorecido o avanço das doenças de final de ciclo. No RS, o cenário de perdas devido à estiagem segue mantido. As chuvas ocorridas favoreceram as poucas lavouras que estão em desenvolvimento vegetativo. Em GO, a colheita avança em todas as regiões, favorecida pelo clima seco. Em MS, a alta umidade continua prejudicando a evolução da colheita, principalmente no Sudoeste e Leste do estado. Em MG, a colheita alcançou o patamar da safra passada, e o tempo seco tem favorecido a qualidade dos grãos. Na BA, a cultura apresenta boas condições fisiológicas, e a colheita avança nas áreas irrigadas. Em SP, a colheita está atrasada em todas regiões devido ao alongamento do ciclo da cultura. No TO, as produtividades obtidas têm superado as expectativas na maioria do estado. No MA, as precipitações frequentes têm reduzido o ritmo da colheita, principalmente no Sul. No PI, a colheita evolui em ritmo normal, confirmando boas produtividades. Em SC, a colheita está em fase inicial nas regiões que tiveram seu plantio antecipado. No PA, a colheita já terminou no Sudoeste do estado. Nas demais regiões as lavouras continuam em ótima condição.
- MILHO 1° SAFRA
22,6% colhido. Em MG, a maioria das lavouras se encontra em maturação e a condição atual é de tempo seco. No RS, a colheita evolui e as perdas devido ao deficit hídrico e as altas temperaturas se consolidam. Na BA, as lavouras do Extremo Oeste apresentam ótima qualidade, enquanto as localizadas no Centro Norte e Sul foram afetadas pela redução nas precipitações e apresentam perdas consolidadas. No PI, as lavouras mantém-se em boas condições. No PR, o alto volume de chuvas dificultou o maior avanço na colheita, porém beneficiou as lavouras que se encontram em fase reprodutiva. Em SC, as lavouras do Oeste estão com produtividades abaixo da esperada. Nas demais regiões, as precipitações mais regulares favoreceram o desenvolvimento das lavouras. Em SP, o clima mais frio alongou o ciclo das lavouras, no entanto ainda é mantida a expectativa de boas produtividades. No MA, o bom regime de chuvas tem favorecido o desenvolvimento das lavouras. Em GO, a maioria das áreas se encontra em enchimento de grãos e maturação, e foram beneficiadas pelas condições climáticas favoráveis.
- MILHO 2° SAFRA
63,6% semeado. Em MT, o período ideal de semeadura foi encerrado, entretanto, cerca de 8% da área ainda não foi semeada. As lavouras implantadas apresentam bom desenvolvimento inicial. No PR, a semeadura apresenta lenta evolução devido à persistência das chuvas da última semana. As lavouras apresentam bom desenvolvimento. Em MS, o excesso de umidade no solo continua a interromper o plantio, mesmo com disponibilidade de áreas para a semeadura. Aproxima-se o final da janela ideal de plantio e registra-se ataque de cigarrinhas. Em GO, a maioria das áreas já foi semeada, com previsão de término até a próxima semana. Em MG, o ritmo de semeadura está semelhante ao da safra passada, favorecido pelo clima mais seco dos últimos dias. No TO, o plantio deve encerrar na primeira quinzena de março. Na sequência deve-se iniciar a semeadura de outras culturas mais resistentes ao deficit hídrico. No MA, o plantio tem acompanhado a colheita da soja, porém num ritmo mais lento devido às chuvas frequentes. No PI, o plantio avança normalmente e com boas condições de desenvolvimento das lavouras. No PA, o plantio foi concluído na região Sudoeste, e no Sul já alcança 50% da área prevista.
- ARROZ
7,0% colhido. No RS, a colheita avança em todas as regiões produtoras. O volume de chuvas pouco contribuiu para o aumento do nível dos reservatórios, contudo, a precipitação na região Nordeste reduziu a salinização da água. Nas áreas onde foi possível o manejo de irrigação o desenvolvimento da cultura está muito bom, devido à insolação adequada e pouca umidade no ar. Já nas áreas onde a estiagem foi severa, há relatos de perdas irreversíveis nas lavouras. Em SC, 17% da área foi colhida e está mais adiantada na região do Litoral Norte, onde atinge 50%. Nas áreas em floração, as altas temperaturas podem ocasionar abortamento de flores. Contudo, as lavouras se apresentam 95% boas, 4% médias e 1% ruins. Em GO, a colheita continua, principalmente na região Norte. No MA, as lavouras do arroz de sequeiro encontram-se em boas condições, entre os estágios fenológicos de desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos. Em MT, a maioria das lavouras estão no estágio vegetativo com áreas em floração e algumas já inicia a colheita.
Fonte: Conab