Visando possibilitar a manutenção da produtividade de uma cultura, promovendo condições adequadas para que a planta possa expressar seu potencial produtivo, o controle de pragas, doenças e plantas daninhas é indispensável em lavouras agrícolas. Contudo, além do adequado posicionamento de defensivos agrícolas, a tecnologia de aplicação exerce papel determinante no sucesso da aplicação e manejo da cultura.
Atualmente existem diferentes formulações de defensivos agrícolas, moléculas e produtos registrados para uso na agricultura, que apresentam distintos comportamentos quando adicionados na calda de pulverização. Sendo assim, é necessário, atentar para as características do produto e calda, a fim de melhor eficiência de aplicação dos defensivos e eficácia do controle de pragas, doenças e plantas daninhas.
Um dos principais e mais importantes fatores a se analisar é o pH da calda de pulverização. O pH de uma solução pode ser compreendido como o potencial hidrogeniônico, tido como uma escala logarítmica que defini se uma solução é ácida, neutra ou básica. Uma substancia com pH variando entre 0 e 6,5 pode ser considerada ácida, enquanto uma solução com pH 7 é neutra e uma solução com pH de 7,5 a 14 é considerada alcalina (básica).
Figura 1. Escala de pH.
O pH da água utilizada pode afetar a estabilidade do ingrediente ativo do agrotóxico (degradação por hidrólise) e a estabilidade física da calda a ser aplicada, podendo inclusive, afetar a eficácia e estabilidade do produto (Pereira; Moura, Pinheiro, 2015). Logo, atentar para o pH da calda de pulverização e de suma importância para garantir a eficácia do produto e sucesso da aplicação.
De maneira geral, para a maior parte dos herbicidas, inseticidas e fungicidas, o pH ideal é aproximadamente 5, podendo haver variações conforme observado na figura 2. Cabe destacar que o uso de caldas com pH inadequado pode inclusive reduzir o tempo de meia vida do produto, comprometendo sua eficácia de controle. Dessa forma, fica evidente a necessidade em analisar o pH da calda de pulverização, visando ajusta-lo sempre que necessário à faixa ideal do produto, para melhor eficiência de aplicação e eficácia de controle.
Figura 2. pH ideal para cada tipo de aplicação de defensivos agrícolas.
Referências:
CAMPO & NEGÓCIOS. pH IDEAL DE CALDA PARA PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS. Revista Campo & Negócio, 2016. Disponível em: < https://www.rigrantec.com.br/upload/produtos_artigos/f0102—ph-ideal-de-calda-para-produtos-fitossanitarios—ph-5-zn-1547742223.85.pdf >, acesso em: 03/01/2021.
PEREIRA, R. B.; MOURA, A. P.; PINHEIRO, J. B. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS EM CULTIVO PROTEGIDO DE TOMATE E PIMENTÃO. Embrapa, Circular Técnica, n. 144, 2015. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1024615/1/CT144.pdf >, acesso em: 03/01/2021.
boa tarde estava lendo este material de vocês sobre PH de calda muito bom gostei, porem veio uma duvida, quanto tempo um fungicida tem que ficar exposto ao um PH 3,8 e degradar a molécula? imediato? ou leva algum tempo para isso?
tem algum trabalho de pesquisa que possa me indicar para mim entender melhor
watts 77- 99938-4900
muito obrigado
Muito útil essa tabela.
Qual o PH adequado para a calda do Ampligo?
Grata