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Quando aplicar o redutor de crescimento no trigo?

Um dos desafios no cultivo de lavouras de trigo de elevado potencial produtivo, é conciliar a adubação para altas produtividade com as características da planta, visando reduzir os efeitos indesejados em função da elevada carga de fertilizantes. Por apresentar repostas positivas a adubação nitrogenada, é comum observar elevado aporte de nitrogênio em lavouras de alto nível tecnológico, contudo, mesmo como os avanços no melhoramento genético, é comum observas casos de acamamento do trigo.

Além do aporte nutricional, algumas práticas de manejo e implantação da lavoura podem acentuar o acamamento do trigo, tais como elevadas densidades de semeadura, o que pode ocasionar a competição entre as plantas de trigo, tendo como características, principalmente o aumento de estatura das plantas em função da necessidade de interceptação da radiação solar, o que pode contribuir para o aumento dos casos de acamamento.

 Figura 1. Diferença no desenvolvimento das plantas de trigo BRS 264, na fase de surgimento do primeiro nó visível, oriundas de semeadura com densidade adequada e plantas oriundas de densidade de semeadura elevada.

Uma das estratégias mais utilizadas para mitigar os efeitos do acamamento em trigo é o uso de reguladores de crescimento e/ou redutores de crescimento como são popularmente conhecidos. O mais conhecido e usual para a cultura do trigo é o trinexapac-etil, que inibe a biossíntese de ácido giberélico, e assim suprime o crescimento vegetativo das plantas (Azevedo; Fiorin; Wyzykowski, 2012).

Conforme destacado por Trevisan; Gregoleti; Hoffmann (2015), o uso do regulador de crescimento trinexapac-etil reduz a estatura de plantas, o acamamento, e eleva o índice de colheita e a produtividade da cultivar de trigo. Contudo, cuidados necessitam ser adotados ao utilizar esse produto, a fim de evitar reduções de produtividade do trigo.



Dentre os principais fatores a se observar para o uso do trinexapac-etil, destacam-se a dose do produto e época de aplicação. Conforme recomendações técnicas, indica-se a aplicação de trinexapac-etil (Moddus), na fase de elongação da cultura (com o 1º nó visível), na dose de 0,4 L/ha (Fundação ABC & Biotrigo Genética, 2022).

Cabe destacar que as respostas frente ao uso do trinexapac-etil podem variar em função da cultivar, contudo, deve-se destinar atenção especial à apoca de aplicação do produto, seguindo as orientações técnicas pré-estabelecidas para a cultura.

Figura 2. Escala modificada da Feeks-Large, para caracterização dos estádios de desenvolvimento do trigo.

Fonte: Trevisan; Gregoleti; Hoffmann (2015)

Veja mais: Escalas de desenvolvimento do trigo



Referências:

AZEVEDO, W. T. R.; FIORIN, J. E.; WYZYKOWSKI, T. EFEITO DE DIFERENTES DOSES DE REGULADOR DE CRESCIMENTO MODDUS NA CULTURA DO TRIGO. XVII Seminário Interinstitucional De Ensino Pesquisa E Extensão Unicruz, 2012. Disponível em: < https://home.unicruz.edu.br/seminario/downloads/anais/ccaet/efeito%20de%20diferentes%20doses%20de%20regulador%20de%20crescimento%20moddus%20na%20cultura%20do%20trigo.pdf >, acesso em: 19/06/2023.

CHAGAS, J. H. et al. INFORMAÇÕES FITOTÉCNICAS DAS CULTIVARES DE TRIGO BRS 254, BRS 264 E BRS 394 PARA O SISTEMA IRRIGADO DO CERRADO DO BRASIL CENTRAL. Embrapa, Circular Técnica, n. 54, 2020. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/216292/1/CirTec-54.pdf >, acesso em: 19/06/2023.

FUNDAÇÃO ABC; BIOTRIGO GENÉTICA. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE. 14° Reunião da Comissão brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale. Ed. 1, Fundação ABC e Biotrigo Genética, 2022. Disponível em: < https://www.conferencebr.com/conteudo/arquivo/informacoes-tecnicas-para-trigo-e-triticale–safra-2022-1649081250.pdf >, acesso em: 19/06/2023.

TREVISAN. K; GREGOLETI, E.; HOFFMANN, A. F. TRINEXAPAC-ETIL DIMINUI O ACAMAMENTO E AUMENTA PRODUTIVIDADE DO CULTIVAR DE TRIGO TBIO PIONEIRO. RAMVI, Getúlio Vargas, v. 02, n. 03, jan./ jul. 2015. Disponível em: < https://www.getulio.ideau.com.br/wp-content/files_mf/4c6d23b80172d7a939bc7f99b6b20c00256_1.pdf >, acesso em: 19/06/2023.

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Equipe Mais Soja
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