O manejo de doenças da soja para a próxima safra começa desde a colheita da safra atua até o cultivo e produção da próxima safra de soja, um ciclo de cuidados que tem como principal finalidade nos períodos entre safra controlar a plantas hospedeiras de inoculo que sirvam como ponte verde para o desenvolvimento da doença na safra seguinte.
Em vídeo, o Prof. Marcelo Gripa Madalosso destaca a importância do controle de plantas daninhas ou consideradas “guaxas” no manejo de doenças da soja. Em especial a soja “guaxa”, que segundo Madalosso é uma das principais pontes verdes para o desenvolvimento de doenças e sua eliminação da área de cultivo deve ocorrer antes do desenvolvimento das culturas da safra de inverno.
O desenvolvimento das plantas de inverno cria um certo “efeito guarda-chuvas” protegendo a soja “guaxa” do efeito da geada e dificultando o controle químico. Segundo FIALLOS (2011) a ferrugem é uma das doenças mais destrutivas para a soja, seus danos podem chegar a comprometer 100% da produtividade da cultura. Conforme destacado por FIALLOS (2011), os sintomas da doenças podem aparecer em qualquer estádio do desenvolvimento da planta, podendo ser encontrados em cotilédones, folhas e haste (figura 1). As principais características da infecção é a presença de lesões de coloração variando de cinza-esverdeado até marrom-avermelhado, com uma ou várias urédias globosas na parte abaxial da folha (figura 2), podendo ser encontradas em alguns casos na parte adaxial da folha.
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Figura 1. Sintomas de ferrugem asiática em trifólios de soja.
FAILLOS ainda destaca que o agente causal da ferrugem é um organismo biotrófico, ou seja, precisa de um hospedeiro para sobreviver. Com isso em vista, é fundamental eliminar plantas hospedeiras como a soja “guaxa” conforme abordado por Madalosso, sendo esta a principal forma de prevenir a proliferação da doença.
Figura 2. Urédias de ferrugem na parte abaxial de um trifólio de soja.
Além disso, conforme YORINORI et al (2003) o controle e prevenção da doença deve levar em consideração um conjunto de fatores para diminuir perdas e custos de aplicações com defensivos, dentre os quais a rotação de culturas e o uso de cultivares com resistência genética à doença são fundamentais.
Confira o vídeo abaixo com as dias do Madalosso.
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Referencias:
YORINORI, J. T. et al. FERRUGEM DA SOJA (Phakopsora pachurhizi): IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE. Informações Agronômicas, n.104, dez, 2003.
ANDRADE, P. J. M; DE ALENCAR, D. F. FERRUGEM ASIÁTICA: UMA AMEAÇA À SOJICULTURA BRASILEIRA. Embrapa, Circular Técnica 11, Dourados, nov. 2002.
FIALLOS, F. R. G. A FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA CAUSADA POR Phakopsora pachurhizi Sydow e Sydow. Ciencia y Tecnología. P. 45-60, 2011.
Redação: Maurício Siqueira dos Santos – Eng. Agrônomo, equipe Mais Soja.