O uso de escalas fenológicas é amplamente difundido no manejo de culturas agrícolas, auxiliando técnicos e produtores na definição de práticas de manejo que levam em consideração o estádio de desenvolvimento das culturas. Para a cultura da soja, a escala fenológica mais utilizada é a escala proposta por Fehr & Caviness em 1977.
Segundo Zanon et al. (2018), com base na escala fenológica de Fehr & Caviness (1977), uma planta de soja está no estádio R2 quando apresenta flores abertas em um dos dois nós superiores da haste principal com folha completamente desenvolvida, caracterizando o pleno florescimento.
Figura 1. Planta de soja em estádio R2 com base na escala fenológica de Fehr & Caviness (1977).

A evapotranspiração da cultura aumenta, e com ela a taxa de acúmulo de matéria seca e nutrientes nas plantas. A duração do período pode variar de acordo com a cultivar e tipo de crescimento, sendo que segundo Câmara (2006), cultivares de tipo de crescimento determinado podem atingir o pleno florescimento simultaneamente a R1.
A planta em pleno florescimento apresenta elevada sensibilidade a déficits hídricos e elevadas temperaturas, podendo esses fatores alterar a taxa de crescimento da planta ou até mesmo causar o abortamento de flores, reduzindo a produtividade da cultura.
Em virtude da maior translocação de fotoassimilados para as flores, a planta torna-se mais sensível ao ataque das pragas e doenças, sendo fundamental o monitoramento dessas para a identificação das espécies e definição do momento de controle.
Pragas como lagartas que atacam flores e vagens, assim como percevejos devem receber atenção especial, visando estabelecer medidas de controle eficientes quando necessário, para evitar posteriores perdas quantitativas e qualitativas dos grãos ou sementes.
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Referências:
CÂMARA, G. M. S. FENOLOGIA É FERRAMENTA AUXILIAR DE TÉCNICAS DE PRODUÇÃO. Visão Agrícola, n. 5, 2006. Disponível em: < https://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va05-planta-e-ambiente01.pdf >, acesso em: 24/12/2020.
FEHR, W.R.; CAVINESS, C.E. STAGES OF SOYBEAN DEVELOPMENT. Ames: Iowa State University, (Special Report, 80), 12p. 1977.
ZANON, A. J. et al. ECOFISIOLOGIA DA SOJA: VISANDO ALTAS PRDUTIVIDADES. Santa Maria, 136p. 2018.
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