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Trabalho elaborado pelos doutorandos Juliano Bortoluzi Lorenzeti e Maikon Tiago Yamada Danilussi, juntamente com os Professores Alfredo Junior P. Albrecht e Leandro P. Albrecht

A seleção de resistência ao herbicida glifosato permitiu às plantas de buva se desenvolverem concomitantes à cultura da soja RR competindo por espaço, luz, água e nutrientes. Recentemente a resistência a outros herbicidas como clorimuron e, principalmente, paraquat, dificultaram em muito controle dessa planta daninha.

Considerando que a dessecação pré-semeadura da soja é o principal momento de controle para plantas daninhas, a resistência ao herbicida paraquat reduziu drasticamente a eficiência de controle durante este manejo. As falhas neste manejo de controle permitem o desenvolvimento da buva durante o ciclo da soja e consequente redução da produtividade.

Este trabalho teve como objetivo verificar a redução de produtividade ocasionada por populações de Buva na soja. Conduziram-se seis experimentos durante duas safras, três experimentos na safra de 2016/17 e outros três em 2017/18 em áreas comerciais no município de Palotina-PR. Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos, com populações de buva de 0; 1; 2; 4; 6; 8 e 10 plantas m-2 e quatro repetições. As populações de buva foram implantadas 15 dias antes da semeadura da soja. Ao final do ciclo da soja foi realizada a colheita e determinada produtividade por tratamento.

A Figura 1, abaixo, demonstra as perdas observadas a campo da produtividade média na soja ocasionadas pelas populações de buva. Em presença de plantas daninhas nas densidades de 0, 1, 2, 3, 4, 6, 8, e 10 plantas.m-2 as produtividades de soja foram de 4075 kg.ha-1, 3510 kg.ha-1, 3216 kg.ha-1, 3147 kg.ha-1, 2725 kg.ha-1, 2322 kg.ha-1, 2106 kg.ha-1 e 1669 kg.ha-1, respectivamente.

Nos dois anos de condução a soja cultivada sem a presença de plantas daninhas apresentou elevada produtividade, atingindo média de 4075 kg.ha-1 (67,9 sc.ha-1). Quando a cultura da soja se desenvolveu sob interferência das plantas de buva a produtividade foi reduzida para uma produtividade de até 40 sc.ha-1.

Com a presença de apenas uma planta da buva por metro quadrado a soja deixou de produzir 14% ou 9,4 sacas por hectare. Sob a interferência de 2 e 3 plantas de buvam-2 houve redução da produtividade de 21% e 23%, perda de 14,3 e 15,5 schá-1, respectivamente. A soja em desenvolvimento em presença de 4 e 6 plantas de buva m-2 teve redução de 33% e 43% na produtividade, perda de 22,5 e 29,2 sc.ha-1. Com 8 plantas.m-2 a buva gerou perda de 32,8 sc.ha-1, produtividade 48% inferior à produtividade da soja sem interferência da buva. A maior redução da produtividade ocorreu quando a soja se desenvolveu na presença da maior população de buva, de 10 plantas.m-2, a soja sob interferência dessas plantas daninhas teve produtividade de 1669 kg.ha-1, causando perda de 2406 kg.ha-1 ou 59% de redução em comparação com a produtividade da testemunha.

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Assim, é possível verificar o alto potencial de interferência da buva sobre a soja acarretando redução da produtividade. Isto justifica maior atenção para o controle a ser realizado para a buva durante a dessecação pré semeadura e durante o desenvolvimento da soja. Além de servir como informação para tomadas de decisão econômica por parte dos produtores e profissionais.


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