A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços mais altos. Após disparar na reabertura, chegando ao maior nível desde 27 de fevereiro, os contratos reduziram os ganhos a partir do meio-pregão.
O cenário altista foi determinado pelas incertezas em relação ao fornecimento de trigo pela região do Mar Negro, em especial pela Rússia. Hoje o país anunciou que Cargill decidiu parar de exportar grãos russos. Após a notícia, a Bloomberg reportou que outra grande trader, a Viterra, com maior expressão no cenário russo, também pode deixar aquele mercado.
As exportações da Rússia também poderiam ser reduzidas caso Moscou recomendasse a suspensão temporária dos embarques, ainda que fontes tenham dito à Reuters que não há planos nesse sentido. De qualquer maneira, há sinais de que o governo russo intervenha para que os exportadores garantam preços aos produtores que cubram os custos de produção.
Além disso, segundo a Dow Jones, as Planícies do Sul e do Meio-Oeste dos Estados Unidos seguem enfrentando seca em algumas regiões, o que vem recebendo cada vez mais atenção dos traders. Conforme analistas, há risco de que os rendimentos nas Planícies do Sul caiam de 10% a 20%. A cobertura de neve nas Planícies do Norte e a seca excepcional no Texas, em Oklahoma, no Colorado e no Kansas são ameaças ao plantio, que deve começar em abril.
No fechamento, os contratos com entrega em maio de 2023 eram cotados a US$ 7,04 3/4 por bushel, alta de 5,00 centavos de dólar, ou 0,71%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em julho de 2023 eram negociados a US$ 7,16 1/4 por bushel, ganho de 4,75 centavos, ou 0,66%, em relação ao fechamento anterior.
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Autor/Fonte: Gabriel Nascimento / Agência SAFRAS