RIO GRANDE DO SUL: Colheita retorna, preços em queda e nada de negócios
Após mais de uma semana sem colheita trabalho retorna nesta sexta-feira, colada com o fim de semana, mas, embora a situação do campo tenha melhorado, o mesmo não pode ser dito sobre o mercado que segue bastante fragilizado e marcando consistentes quedas dia após dia, aspecto que se relaciona especialmente com a preocupação internacional causada pelas medidas norte americanas de controle inflacionário.
O que ocorre no momento é um aumento de juros e a soja como ativo de risco acaba perdendo força. Preços de pedra recupera-se em R$ 1,00/saca e vai a R$ 185,00.
Preços no porto: segue em clima de baixa e perde mais R$ 1,00/saca, retornando a R$ 197,00.
Preços no interior: após uma quinta sem recuos, o que poderia indicar uma pequena reversão, sexta frustra mais um pouco e marca mais retornos. Com Chicago caindo 1,31% anulou a alta de 1,17% do dólar e os preços recuaram:. Ijuí, Cruz Alta e Santa Rosa perderam 0,51%, valor equivalente a R$ 1,00/saca e foram a R$ 194,00.
SANTA CATARINA: Preços estáveis em SC, nada de negócios
Em SC a rotação segue baixa, ainda existe muita preocupação com a colheita que volta a avançar bem, enquanto o mercado, por outro lado, não evolui de forma alguma, com o produtor buscando preços muito mais altos do que o comprador está disposto a pagar.
De fato, a queda de preços desta última semana é muito especulativa, se relaciona muito com aspectos externos como o corte de consumo na China, a continuidade da guerra russo-ucraniana e os juros norte-americanos. Portanto, muitos esperam por melhores momentos para vender seus volumes, onde a realidade das produções inferiores deve elevar os preços.
PARANÁ: Sexta feira mais positiva, interior sobe bem
A volatilidade continua marcando expressiva presença no Paraná, mas sem volumes expressivos negociados em qualquer condição; mesmo nos preços mais altos do dia é altamente improvável encontrar um produtor que mostre muita disposição de venda. Diferente das demais regiões estudadas neste relatório, Paraná marcou boa evolução de preços, em especial no interior, isso pode ser uma resposta mais interna, um aumento de demanda por parte das fábricas, visto que a conjuntura segue ainda bastante negativa para a exportação.
Outro aspecto pode ser o dólar que se valorizou muito bem em 1,17%, mas foi anulado pela queda de 1,31% de Chicago. Então a alta dos preços se deu pela demanda interna, não externa.
Preço no porto: permaneceu parado a R$ 196,00.
Preços no interior: Ponta Grossa se destaca menos no dia de hoje, mas ainda sobe R$ 2,00/saca, se aproximando um pouco mais do porto novamente, o motivo, no entanto se relaciona mais com a demada interna de óleo e farelo. As demais posições, por sua vez, avançam muito bem, com Cascavel, Maringá e Ijuí marcando altas respectivamente 3,49%, valor equivalente a R$ 6,00/saca, 3,49%, novamente valor quivalente a R$ 6,00/saca e 2,91%, valor equivalente a R$ 5,00/saca. Os preços vistos no fechamento nestas regiões foram de R$ 178,00 para Cascavel e Maringá e de R$ 177,00para Pato Branco.
GOIÁS: Negociadas 156.740 tons nesta semana
O mercado esteve bem ativo durante esta semana em Goiás, tendo sido negociadas ao todo 156.740 toneladas de soja em grão, das quais 153.100 toneladas referentes à safra 21/22 e 3.640 toneladas da safra 22/23.
Os preços ficaram ao redor de R$ 176,50 em Anápolis, R$ 172 em Formosa, R$ 171,00 em Cristalina, R$ 175,00 emRio Verde e R$ 169,00 em Itumbiara.
MATO GROSSO DO SUL: semana termina com mercado parado
Após dar um pequeno sinal de recuperação, Mato Grosso do Sul devolve na totalidade os avanços de quinta-feira e retorna ao ritmo de baixa. As quedas da soja grão em Chicago e a perda de valor do óleo diante da melhora da situação climática nos EUA são a causa das perdas de hoje. PREÇOS: Dourados a R$ 180,00 perda de R$ 2,00/saca; Campo Grande a R$ 180,00 perda de R$ 2,00/saca; Maracaju a R$ 179,00 perda de R$ 2,00/saca; Chapadão a R$ 177,00 perda de R$ 2,00/saca; Sidrolândia a R$ 178,00, perda também de R$ 2,00/saca.
MATO GROSSO: Dia de movimentos, altas pouco expressivas
MT volta a marcar altas quase por todas as regiões após dia de estabilidade. Campo Verde sobe 2,14% e vai a R$ 176,30, Lucas do Rio Verde marca perda de 1,09% e vai a R$ 163,00, Nova Mutum a R$ 173,30 após alta de R$ 0,80/saca, Primavera do Leste a R$ 176,30 após alta de 0,28%, Rondonópolis a R$ 178,50 após alta de0,79% e Sorriso, pôr fim, a R$ 172,50, marcando alta de 50 centavos.
MATOPIBA: Semana termina com pequenas quedas em Balsas e Uruçuí
Região de Balsas no Maranhão, o preço da soja caiu R$ 2,00/saca e foi a R$ 176,00 após queda expressiva. O porto maranhense de Itaqui ficou a R$ 164,00. Porto Nacional-TO, por sua vez também não se moveu e ficou a R$ 150,40. Uruçuí-PI por sua vez marcou perda de R$ 2,00/saca e foi a R$ 176,50. Por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, o preço permaneceu a R$ 175,00.
CHICAGO: Soja fecha em queda de -1,31% no dia, 3,25% na semana, mas alta de 23,20% no ano
O contrato de soja para maio22, mês de referência para a comercialização da soja brasileira, em grão fechou em queda de 1,31% ou 22,0 cents/bushel a $ 1656,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 1,60%, ou $ 20,75 cents/bushel a $ 1459,25. O contrato de farelo de soja para julho fechou em queda de 1,45% ou 6,1/ton curta a $ 413,8 e o contrato de óleo de soja fechou em queda de 0,99% ou $ 0,81/libra-peso a $ 81,04.
As previsões são mais favoráveis para o avanço da semeadura nos EUA. Os subprodutos apontaram perdas importantes e aumentaram a pressão.
Os dados da CFTC na liquidação de 3 de maio mostraram que os Fundos tinham 153.253 contratos líquidos comprados em futuros e opções de soja. Isso representou uma queda de 20.224 contratos, ou 11,7%, em relação à compra líquida da semana anterior, principalmente por liquidação longa. Os hedgers comerciais de soja também fecharam 17,6k hedges vendidos para um contrato de 19,2k menos líquido em 249.729 contratos.
Nos produtos, a atualização semanal da CFTC havia registrou 17.540 contratos menos líquidos comprados em farelo e 12.040 contratos menos comprados líquidos em óleo de soja. Isso deixou o grupo em 73.751 e 85.643 contratos líquidos comprados, respectivamente, no fechamento de 5/3.
Antes do WASDE de maio da próxima semana, os entrevistados esperam que o USDA registre uma safra de soja de 4,626 bbu (125,89 MT) com um rendimento médio de 51,5 bpa (3.463,43 kg/hectare).
A StatsCan informou que os estoques de soja eram de 2.014 MT em 31/03, o que estava no mesmo nível que a oferta de março do ano passado. Os estoques de canola caíram quase 50% em relação a março da temporada passada, com 3,94 MT relatados. As expectativas comerciais estavam entre 4,271 e 5,1 MT.
Fonte: T&F Agroeconômica