MERCADO DO DIA 01/02

CAUSAS DA QUEDA: Os futuros da soja fecharam em baixa, nesta quarta-feira em Chicago, porque os Fundos embolsaram lucros sobre os ganhos de 3,32% das últimas cinco sessões. A queda do petróleo e do óleo de soja também pressionaram as cotações, assim como perspectiva de safra recorde no Brasil.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 01/02

ARGENTINA-USDA REDUZ SAFRA PARA 36 MT CONTRA 49 MT PREVISTAS: A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires reduziu de 49 milhões para 36 milhões de toneladas sua estimativa para a produção de soja na Argentina em 2022/23. Segundo o escritório do USDA, o corte foi motivado pelo clima quente e seco no fim de 2022. A agência observou, porém, que ainda há uma série de possibilidades para a safra argentina em 2022/23. “Caso as condições de cultivo sejam perfeitas no restante da temporada, ainda haverá tempo suficiente para que a grande área plantada com soja de segunda safra ou semeada tardiamente possa compensar as perdas da primeira safra”, disse o USDA em relatório. “No entanto, um retorno das altas temperaturas e condições secas poderá deixar a produção abaixo da estimativa atual.”

BRASIL/SECEX: EXPORTAÇÃO EM JANEIRO CAI 65% EM VOLUME E 59% EM RECEITA ANTE JAN/22: O Brasil exportou 851.878 toneladas de soja em grão em janeiro, 65,26% menos do que os 2,452 milhões de toneladas de igual período de 2022. Em relação a dezembro, quando as exportações totalizaram 2,020 milhões de toneladas, a queda foi de 57,82%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta tarde e consideram 22 dias úteis. A queda da exportação em janeiro reflete o menor estoque na passagem do ano devido à quebra de safra em 2021/22 e o atraso na colheita da safra 2022/23 em relação ao ciclo anterior.

ARGENTINA-SEM TRIGO E SEM DÓLAR SOY RECEITA CAI 61%, A MENOR DESDE 2006: A Câmara da Indústria do Petróleo (Ciara) e a Central dos Exportadores de Cereais (CEC), que parecem duas entidades, mas são quase uma que representa um grupo de empresas agroexportadoras que movimenta 40% das exportações, informou no final do mês que suas liquidações cambiais em janeiro totalizaram apenas 928 milhões de dólares, 61% a menos que em janeiro do ano anterior e 75% a menos que em dezembro passado. Neste ano praticamente não há operações de exportação de trigo, que se concentram nestes meses de verão, porque a seca deixou a Argentina praticamente sem saldo exportável. Com a Operação Soy Dollar idealizada por Sergio Massa justamente para acelerar essa entrada de dólares, os produtores adiantaram a venda de quase 20 milhões de toneladas de soja, que os exportadores também se apressaram em embarcar para aproveitar a melhora do câmbio oficial, qual foi estabelecido em 200 pesos em setembro e em 230 pesos por dólar em dezembro passado. Por isso, a receita de dólares agrícolas foi recorde no ano passado, com mais de 40 bilhões. Fonte: Bichos do campo

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Quedas nos preços, mas tendência se inverte – porto oferece mais que indústrias

No mercado, mais um dia lento, prêmios começam lentamente a ceder no RS, devido a entrada da safra no restante do país. Com a quebra de recordes de produção em Mato Grosso, as cotações continuam a cair devido à expectativa de estoques finais mais elevados do que previamente pensado.

Em comparação com os preços de ontem, a saca de soja foi vendida por R$ 181,50 (perda de R$ 0,50/saca) no porto de Rio Grande. Já no interior os preços foram de R$ 174,00 em Ijuí, R$ 174,00 (perda de R$ 0,50/saca) em Cruz Alta, R$ 172,00 em Passo Fundo (perda de R$ 1,00/saca) e R$ 174,00 em Santa Rosa (ganho de R$ 1,00/saca).

A queda nos preços da soja pode ser atribuída à oferta excessiva da commodity, juntamente com a posição recuada dos vendedores. Antes a demanda andava mais leve também, mas já está sendo puxada pela necessidade internacional. Apesar disso, o mercado segue de olho na situação da Argentina que não está definida; pode ser que novas quebras ocorram em decorrência da seca, mas trata-se de especulação. No momento a oferta portuária se mostra mais competitiva do que a do interior do Brasil.

SANTA CATARINA: Queda expressiva de R$ 5,00/saca no porto de Santa Catarina

Altas consecutivas são quebradas com queda expressiva na sessão de hoje, foram 3 sessões consecutivas de alta de semana passada para essa, mas este bem-estar de mercado não pode ser mantido. Após as últimas vendas de 7.000 toneladas o mercado já foi afetado e os preços passaram por manutenção, o que já indicava uma resistência e por conta disso a possibilidade de retorno, retorno esse que veio hoje com quedas de R$ 5,00/saca no porto de São Francisco do Sul, preços a R$ 170,00.

PARANÁ: Novas quedas, nada de negócios

Da mesma forma como foi visto em Santa Catarina, Paraná havia encontrado uma resistência ontem após algumas altas consecutivas e hoje passou por retorno em especial no porto e em Ponta Grossa, onde as fábricas são mais competitivas. Parte da razão é a insegurança dos produtores em abrir mão de seus estoques, parte é a insegurança do mercado no geral com o que teremos de oferta para esse ano e como os movimentos da commodity devem se alinhar a partir de agora.

No interior, as ofertas são escassas e os preços estão indicados a R$ 158,00 (perda de R$ 2,00/saca) no balcão de Ponta Grossa e R$ 165,00 (perda de R$ 5,00/saca), R$ 166,00(perda de R$ 5,00) e R$ 165,00 (perda de R$ 7,00/saca), respectivamente, para entrega em janeiro e pagamento em fevereiro, março e maio de 2023. Cascavel e Maringá por sua vez seguem alinhados e passaram por manutenção, mantendo-se a R$ 158,00. Pato Branco continua a R$ 157,00.

No porto de Paranaguá, os preços indicados para entrega em fevereiro e pagamento em março e maio de 2023 foram de R$ 170,00 (perda de R$ 2,00/saca) e R$ 172,00 (perda de R$ 1,00/saca), respectivamente, demonstrando que pouco se vê em ação do produtor. Já para a safra 2023, as indicações de preço nominal foram de R$ 170,00 para entrega em março e abril e pagamento em maio de 2023 no posto de Ponta Grossa e R$ 173,00 para entrega em fevereiro e março e pagamento em abril de 2023 no posto de Paranaguá retornando em R$ 2,00/saca da baixa vista no início da semana. Quanto as cotações internacionais do complexo de soja de hoje, o SOJA GRÃO caiu -1,15%, o FARELO subiu +0,10% e o ÓLEO caiu -2,47%. O dólar, por sua vez, caiu -0,32%, cotado a R$ 5,0605.

MATO GROSSO DO SUL: Dia de poucos movimentos, nada de negócios

Mato Grosso do Sul registrou um dia de poucos movimentos, sem efetuar negócios. Os principais fatores que impactam o mercado são a possibilidade de estoques argentinos serem maiores (o que se mostra cada dia mais especulativo) e a soja futura ficar mais barata, além do dólar fragilizado com a possibilidade de crise nos EUA. Os preços estarem marcando poucos movimentos durante a semana nada mais indica do que um esforço interno dos agricultores do Estado para não fixar preços e controlarem o valor pela ausência de oferta. Muitos agricultores e traders esperem para ver como a situação se desenrola antes de fazer negociações. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e nenhuma negociação, deixando o mercado em um estado de incerteza, isso tem se refletido por toda a semana. Atualmente, os preços da soja são os seguintes: Dourados a R$ 155,00, Maracaju a R$ 152,00 (queda de R$ 2,00/saca), Sidrolândia a R$ 153,00, Campo Grande a R$ 155,00, São Gabriel a R$ 153,00, Chapadão do Sul a R$ 153,50 (alta de R$ 3,50/saca).

MATO GROSSO: Dia de poucos movimentos, mercado segue no negativo

O mercado de soja em Mato Grosso viveu um dia de poucas oscilações de preços, com baixas sendo vistas em apenas duas regiões, algo que ainda assim se mostra preocupante e basicamente zera as fixações de preços. Nesse momento a implicação das desvalorizações do dólar seguem marcando presença negativa no mercado, enquanto a crise norte americana parece se instalar e o presidente do FED conclui que os juros devem ser elevados no país, o real faz manutenção e atrai investidores com seus astronômicos 13,75% de Selic. Isso tem efeitos positivos sobre as importações, mas muito negativos sobre as exportações e nenhum lugar se mostra mais afetado do que o maior Estado produtor de soja do Brasil. Ademais, como o mercado não tem tido muita atenção o foco permanece na colheita, especialistas da região indicam que os avanços já estão chegando em 12% do total potencial plantado. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 149,00. Lucas do Rio Verde a R$ 149,00. Nova Mutum a R$ 149,00. Primavera do Leste a R$ 150,00 (queda de R$ 2,00/saca). Rondonópolis a R$ 149,00 (queda de R4 2,00/saca) e Sorriso a R$ 147,50.

MATOPIBA: Preços seguem divididos por esses estados e comercialização segue baixa

Com o mercado seguindo sem praticamente nenhuma resposta. Em Balsas, no Maranhão, as cotações marcaram alta pontual de reajuste, fechando a R$ 154,00 (+R$ 0,50/saca). Já o Porto Franco-MA marcou baixa de R$ 2,00/saca, fechando a R$ 153,00. Pedro Afonso, que agora substitui Porto Nacional nas cotações, após valorização expressiva de R$ 3,10/saca, trouxe o valor de R$ 150,00. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 154,00 sem diferenças e em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, o preço ficou a R$ 152,00, marcando também perda de R$ 3,00/saca. A situação na região de MATOPIBA é bastante complexa em relação à produtividade, pois, assim como nas demais posições do Brasil, ela cresce ano a ano, mas as dificuldades de estrutura, inovação e transporte tem sido um importante obstáculo nesses momentos de perda de valor.

Fonte: T&F Agroeconômica



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