FECHAMENTOS DO DIA 19/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,34 %, ou $ 4,50 cents/bushel a $ 1315,50. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,02 % ou $ 0,25 cents/bushel a $ 1351,50. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 2,22 % ou $ 9,2 ton curta a $ 423,0 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -3,19 % ou $ -1,75/libra- peso a $ 53,11.

CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou em leve alta nessa quinta-feira. O mercado está atento às dificuldades do plantio no Brasil. A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT) disse que as altas temperaturas dos últimos dias no Estado estão prejudicando o plantio de soja, que está autorizado desde o dia 16. “Alguns produtores relatam que vão precisar fazer replantio, pois o calor comprometeu o desenvolvimento inicial das lavouras”, disse em nota a entidade. Bons dados da exportação semanal também ajudaram a manter o grão no campo positivo. Das 1,372 milhão de toneladas da safra 2023/24 vendidas na semana, 946,7 mil toneladas foram negociadas com a China. Além disso, o farelo de soja está dando sustentação às cotações. A nova alta de 2,22% é a quarta consecutiva. A demanda externa explica a alta do dia. As vendas semanais, de 437,4 mil toneladas relatadas pelo USDA, ficaram muito próximas do teto estimado pelo mercado. Movimento contrário ao do óleo de soja, que está na terceira queda consecutiva, acumulando -1,41% de queda nos três dias. O USDA informou vendas semanais de 4,1 mil toneladas, volume perto do meio termo esperado pelo mercado. Nessa gangorra de alta do farelo e baixa do óleo de soja, o grão ficou com um pequeno saldo positivo.

NOTÍCIAS IMPORTANTES

BRASIL/ABIOVE-PRODUÇÃO DE BIODIESEL DEVE SUPERAR 7 BILHÕES DE LITROS NESTE ANO: A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estima que a produção de biodiesel neste ano ultrapasse 7 bilhões de litros. A projeção leva em conta a retomada do aumento da mistura de biodiesel adicionado ao diesel comercial, hoje de 12% (B12). “De acordo com o cronograma oficial do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), deve chegar a 15% em 2026. Porém, para atender a urgente política de descarbonização da matriz energética, a antecipação não está descartada”, diz a entidade em nota. A cada ponto porcentual a mais de mistura, cerca de 650 milhões de litros de biodiesel são produzidos no País. No comunicado, o diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da entidade, Daniel Amaral, diz que em 2022, o Brasil produziu 6,3 bilhões de litros de biodiesel. “Esse ano, o novo cronograma de mistura trouxe mais previsibilidade para a indústria investir, por isso teremos um recorde histórico de produção que confirma o Brasil como o terceiro maior produtor mundial de biodiesel”.

IGC REDUZ EM 3MT A PRODUÇÃO GLOBAL DE SOJA: A projeção de produção da soja em 2023/24 foi reduzida em 3 milhões de toneladas, para 393 milhões de toneladas. Já os estoques foram mantidos em 62 milhões de toneladas. O consumo foi diminuído em 2 milhões de toneladas, para 386 milhões de toneladas. Para o ciclo 2022/23, o consumo teve recuo na projeção, de 360 milhões de toneladas para 359 milhões de toneladas.

BRASIL-PREPARANDO O BOTE? Estudo mostra que a cadeia produtiva da soja foi beneficiada em 2022 por uma renúncia fiscal estimada de R$ 57 bilhões. Realizado em parceria pela ACT Promoção da Saúde, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Observatório das Economias da Sociobiodiversidade (ÓSocioBio), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), o estudo calculou o custo tributário do País com a cadeia da soja para discussão na reforma tributária. “Analisando a renúncia fiscal no âmbito dos estados, a desoneração do ICMS da soja é de quase R$ 8 bilhões por ano apenas em Mato Grosso”, diz nota sobre o estudo. “É seguro supor que outros estados produtores têm níveis de desoneração semelhantes, o que permite estimar que a desoneração dos estados pode chegar perto de R$ 25 bilhões, uma vez que Mato Grosso responde por 1/3 da produção nacional”, destaca o relatório. Ainda conforme o estudo, com base em dados fornecidos pelo Banco Central, no ano passado do total de crédito rural para custear as lavouras brasileiras, 52% foram para financiar soja.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Soja vem emplacando boas altas; inicio do plantio cauteloso, devido ao clima

CONTEXTO DO DIA: Soja vem emplacando boas altas desde o relatório do dia 12/10, sem com isso haver retração nos prêmios aqui no RS, trazendo, portanto, ganhos reais aos produtores. No dia 11/10 o mercado referenciava R$ 150,00 para 17/11 hoje indicava R$ 154,80 no porto, ou seja 3,2% de alta em 5 pregões. COMPRADORES seguem com suas demandas no outubro, e alguma coisa em novembro, mas não impedirá uma queda brusca nos embarques. NO PORTO melhor preço do dia foi de R$ 154,80 para 17 de novembro, alta de R$ 1,80 sobre o dia anterior. NO INTERIOR os preços seguiram o balizamento de cada praça, ora porto, ora fábricas: R$ 147,50 Cruz Alta, R$ 147,00 Passo Fundo, R$ 147,00 Ijuí, R$ 146,50 Santa Rosa / São Luiz. Todos para segunda quinzena de novembro (17/11) PREÇOS DA PEDRA, em Panambi, subiram para R$ 134,00 a saca, para o produtor. PREÇOS FUTUROS atingiram a marca de R$ 140,50 sobre rodas no porto, para entrega maio e pagamento final de maio/24.

CONDIÇÃO DA SAFRA: o RELATÓRIO DA Emater-RS, divulgado hoje, registra que, conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), o período recomendado para a semeadura no Estado iniciou em 01/10 e se estende até janeiro de 2024; a data de encerramento pode variar entre os dias 08/01, 18/01 e 28/01, dependendo das diferenças regionais. O início da semeadura tem sido incipiente devido a diversos fatores, como o excesso de chuvas e a atenção voltada para a colheita das culturas de inverno. De maneira geral, as previsões meteorológicas indicam a ocorrência de chuvas acima da média ao longo de todo o ciclo da cultura, influenciadas pelos efeitos do El Niño. Esse cenário, por sua vez, contribui para uma abordagem mais cautelosa no início da operação e os produtores aguardam um momento mais apropriado para realizar o plantio. A estimativa inicial para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares implantados, com perspectiva de produtividade de 3.327 kg/ha.

SANTA CATARINA: Preços seguem inalterados, negócios saindo lentamente

CONTEXTO DO DIA: Preços seguem inalterados, nos portos de Santa Catarina. As saídas diárias ainda não passaram muito de níveis de manutenção, mas produtor segue bastante focado no campo. Diante das muitas complicações com as chuvas na região, produtor deixa claro que seu foco não está no lucro no momento, mas sim em proteger as diversas safras prejudicadas, como milho e trigo. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 145,00.

PARANÁ: Preços sobem R$ 1,00/saca em Ponta Grossa e Maringá, R$ 2/sc em Paranaguá e R$ 5/sc em Pato Branco

CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. A maioria das movimentações vistas se devem a movimentações do dólar, há pouco fundamento para soja nesse momento, muitos dos produtores estão focados apenas no campo ou lidando com milho, que tem visto niveis escoados muito mais expressivos, enquanto isso o cenário de soja segue como um quadro parado, os mesmos problemas a semanas. NO PORTO: cif Paranaguá subiram R$ 2,00/saca para R$ 148 com pagamento em 02/12 e entrega em novembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca alta de R$ 1,00/saca, indo a 140,00. Em Cascavel manteve R$ 135,00, em Maringá subiu também R$ 1/saca a R$ 137,00 e Pato Branco subiu R$ 5/saca a R$ 138,00 após dia de manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 128,00, em manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas de média expressão. O grão de soja passou por nova alta de mais 0,34%, o farelo passou por alta de mais 2,22% e o óleo recuou novamente mais 3,19%. O dólar por sua vez marca estabilidade, com leve queda de 0,03% sendo cotado a R$ 5,0528 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços em alta de R$ 1,00/saca, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Cenário segue sem mudanças de expectativa diante de um dia quase completamente parado em termos de negócios. Preços marcam variações positivas pela terceira sessão consecutiva, podendo significar uma melhora do cenário, algo que se deve a ambos a valorização do farelo e a valorização do dólar no dia de hoje. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram alta de R$ 1,00/saca – em Dourados os preços foram cotados a R$ 132,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 131,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 130,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 132,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 128,00.

MATO GROSSO: Preços recuperaram a média de R$ 2/saca perdida no dia anterior

CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam baixa de preços, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação, isso se deve ao estrangulamento dos fretes para o Sul, algo que tem preocupado os produtores da região, passando de R$ 450,000 a tonelada. Agora com o nível de água e temperatura em bons pontos para às plantações, em especial na região sul do Estado, se vê velocidade nos processos de campo, algo que se mostra lógico diante da diminuição temporária da demanda. PREÇOS PRATICADOS: Todos as regiões, com exceção de Campo Verde marcaram alta. Com isso – Campo Verde devolveu os R$ 2,20/saca que tinha subido no dia anterior indo para R$ 122,00; Lucas do Rio Verde subiu R$ 2,5/saca para R$ 121,60. Nova Mutum recuperou os R$ 1,30 dos R$2,80 perdidos no dia anterior e foi para R$ 122,0; Primavera subiu R$ 2,20/saca a R$ 127; Rondonópolis também subiu R$ 2/saca para R$ 129,00. Sorriso, por fim, subiu R$ 3,50 a R$ 122 após baixa de R$ 3,00/saca.

MATOPIBA: Dia de poucos movimentos, negócios sem mudança

CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. Sabe-se, no entanto, que o plantio avança bem, sem termos um senso exato até o momento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 119,00 recuperou R$ 1,00/saca. No Porto Franco-MA o preço permaneceu a R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 125,00.

Fonte: T&F Agroeconômica



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