FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para maio23 fechou em baixa de -0,64% ou $ -9,25 cents/bushel a $ 1436,00. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,06%, ou $ 0,75 cents/bushel a $ 1266,75. A cotação de maio24 fechou em baixa de -0,02% ou $ -0,25 cents/bushel a $ 1273,25. O contrato de farelo de soja para maio fechou em baixa de -2,02% ou $ -8,8 ton curta $ 426,0 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de 0,72% ou $ 0,37/libra-peso a $ 52,08.

CAUSAS DO FECHAMENTO MISTO: A soja grão teve fechamentos mistos, enquanto o farelo de soja fechou em baixa e o óleo de soja encerrou a sessão em leve recuperação. Como fator positivo no dia, os investidores desaceleram o ritmo da liquidação de contratos, o que abriu espaço para compras de oportunidade. O baixa adesão do produtor argentino ao programa Dólar Soja 3 também foi um fator otimista para as cotações. No entanto, dados da StatsCan, do USDA e do Governo Chinês sobre a perspectiva de aumento de área e safra no Canadá, Brasil e China, respectivamente, pressionaram os preços. O bom avanço da semeadura de soja nos EUA e as baixas vendas externas do país também são fatores limitantes.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

ARGENTINA TEM 70% DA CAPACIDADE OCIOSA DE MOAGEM: A Argentina triplicou importações de soja, mas setor ainda tem capacidade ociosa de 70%. Os efeitos da estiagem e os grãos do Paraguai geraram efeitos complexos para a moagem. A estiagem teve impacto nas lavouras e também no agronegócio. O setor de esmagamento de soja triplicou a importação de grãos, mas ainda está abaixo da moagem de 2022, trabalhando com capacidade ociosa de 70%. No primeiro trimestre, foram moídas 5,5 milhões de toneladas de soja, com a indústria operando com 30% de sua capacidade. “As importações no mesmo período totalizaram 1,8 milhão de toneladas, com março atingindo um recorde histórico”, informou a Bolsa de Valores de Rosário. Vale destacar que a Argentina tem capacidade para processar cerca de 70 milhões de toneladas por ano.

ARGENTINA-FALTAM FERTILIZANTES E SEMENTES PARA A “SUPERSSAFRA”: O presidente da Câmara Argentina de Esmagadores e Exportadores de Oleaginosas (CIara), Gustavo Indígoras, disse que “faltam US$ 700 milhões para a importação de fertilizantes para a próxima safra, que não estão sendo autorizados”. Além disso, Indígoras afirmou que “embora alguns especialistas estimes uma supersafra, não percebem que as condições de produção de sementes e a importação de fertilizantes estão em situação crítica”.

BRASIL DEVERÁ PRODUZIR 159 MT NA PRÓXIMA SAFRA DE SOJA: O Adido Agrícola do USDA estima uma produção preliminar de 159 MMT para a próxima safra de soja 23/24 do Brasil. Isso seria um aumento de 6,5 MMT em relação ao recorde deste ano.

CHINA PRETENDE ELEVAR PRODUÇÃO DE SOJA: O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China pretende elevar sua produção doméstica de grãos para 88% das necessidades até 2032 – efetuando arroz, trigo, milho e soja. Atualmente, a China produz 82% de suas necessidades de grãos no mercado interno, dependendo das importações para o restante.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Quedas expressivas de até R$ 4,00/saca, preços orbitam em direção as médias do país

CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja no RS segue com movimentação abaixo daquilo que seria “normal” para o período do ano. Preços de pedra de cooperativas e cerealistas convergiram para a realidade de mercado, alinhando- se com preços do Paraná, por exemplo. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 140,00 sobre rodas no melhor momento. Isso representa baixa de R$ 0,50/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta preço passa por queda de R$ 0,50/saca, indo a R$ 133,00. Em Ijuí vemos o mercado mais apático, sem variações de preços, o que manteve a saca a R$ 133,00. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço passou por baixa de R$ 1,00/saca e foi a R$ 133,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço também se manteve a R$ 133,00.

SANTA CATARINA: Preço recua em R$ 1,00/saca no porto, poucos volumes circulando

CONTEXTO DO DIA: mercado segue em situação delicada, sem volumes suficientes andando para mitigar a crise de armazenamento que o Estado enfrenta. Os preços em queda impossibilitam a saída de muitos negócios, com isso produtor segue recuado. A essa altura a colheita de soja chega a 80%, com o produtor se demorando ao máximo. Alguns volumes tem saído, mas ainda mais focados em julho a preços de R$ 136,50. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 139,00 para abril com entrega imediata, marcando baixa de R$ 1,00/saca.

PARANÁ: Interior marca quedas gerais de até R$ 2,00/saca, negócios seguem lentos

CONTEXTO DO DIA: semana segue com lentidão, não havendo reporte de negócios além de volumes de máxima necessidade, preços seguem sendo fortemente impactados pelas variações de Chicago o que faz com que os produtores recuem suas ofertas. Nos níveis atuais não há muita pressa de vender, pois os preços da região se veem consideravelmente abaixo de seus principais concorrentes e diante dessa expressão, simplesmente segurar a oferta gera altas em tempos um pouco mais longos. NO PORTO: cif Paranaguá a R$ 137,50 com pagamento em 30/04 e entrega em abril marcando manutenção. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou queda de R$ 2,00/saca, seu preço foi a R$ 131,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram quedas de R$ 1,00/saca e foram respectivamente a R$ 124,00, R$ 124,00 e R$ 123,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00, marcando queda de R$ 3,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi predominantemente negativo no fechamento, com o grão de soja passando por baixa de -0,64%, o farelo em baixa de -2,02% e o óleo em alta de 0,72%. O dólar por sua vez marca baixa amena -0,15% e sendo cotado a R$ 5,0573 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de variações, negócios travados

CONTEXTO DO DIA: o padrão como de costume volta a se repetir, após as baixas causadas pelas ultimas vendas. O produtor agora sem necessidades imediatas volta a segurar as negociações e assim congela os preços. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram manutenção – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 125,00, em Maracaju a R$ 124,00, em Sidrolândia a R$ 123,00, em Campo Grande a R$ 125,00 e em Chapadão do Sul a R$ 122,00.

MATO GROSSO: Dia de quedas de até R$ 1,00/saca, negócios seguem lento

CONTEXTO DO DIA: como notado de forma recorrente, quedas nos valores de Chicago e recuos do dólar causam reação imediata por parte dos vendedores da região, que se contraem, segurando os volumes de negócios. É importante perceber que o Estado do MS é muito grande e raramente uma definição vale para cada região dele. Em algumas praças o mercado está completamente travado, a exemplo de Primavera, mas em outras a uma boa mobilidade de volumes ou uma mobilidade ao menos constante. Ademais mesmo para a safra de 2023/24 que tende a ter negociações mais ativas em períodos como esse, os acordos seguem lentos. As ideias de compra giram em torno de R$ 120,00/saca. PREÇOS PRATICADOS: os preços de hoje marcaram quedas na base de R$ 1,00/saca para cada região, com Campo Verde perdendo R$ 0,71/saca e indo a R$ 120,34. Lucas do Rio Verde a R$ 116,91 após quedas de R$ 0,74/saca. Nova Mutum a R$ 118,11, ao cair R$ 0,71/saca. Primavera a R$ 121,00 com queda de R$ 0,68/saca. Rondonópolis a R$ 122,91, marcando queda de R$ 0,65/saca. Sorriso, por fim, a R$ 116,37, caindo R$ 0,75/saca

MATOPIBA: Dia de poucos movimentos, valorização na Bahia

CONTEXTO DO DIA: negócios se mostram completamente travados, embora não estejam ocorrendo problemas na safra. O dia trouxe informações mais normalizadas em relação as variações vistas no mercado exterior, como não há pressão para negócios os preços tendem a se mover pouco. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 132,00 sem variações. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,50. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi a R$ 120,50 marcando manutenção. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 114,00, se mantendo nos últimos níveis. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 120,00, marcando alta de R$ 4,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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