Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 9,50 a 10,75 centavos, com o março/24 cotado a US$ 12,45½ (- 0,86%) e o maio/24 cotado a US$ 12,54¾ (- 0,75%) o bushel. O março na mínima do dia (US$ 12,36) registrou a menor cotação desde 14 de junho. Nas últimas cinco sessões o março/24 acumula uma queda de 4,04% e o maio de 4,02%.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 0,90 a US$ 1,60, com o março cotado a US$ 368,50 (- 0,24%) e o maio/24 cotado a US$ 369,10 (- 0,43%) a tonelada curta. O março na mínima do dia (US$ 366,20) registrou a menor cotação desde 5 de outubro. Nas últimas cinco sessões o março/24 acumula uma queda de 4,53% e o maio/24 de 4,08%.

O óleo de soja fechou em alta, após duas sessões consecutivas de baixa, com o março/24 registrando um ganho de 0,38%. Na mínima do dia (46,30), o março registrou a menor cotação desde 1º de junho. Nas últimas cinco sessões o março/24 acumula uma queda de 0,77%.

A soja fechou em baixa pelo terceiro pregão consecutivo, com o vencimento março registrando na mínima do dia a menor cotação em seis meses, depois que chuvas chegaram ao Mato Grosso e também diante das informações sobre a safra na Argentina. Além das condições climáticas, a queda do petróleo, também pressionou o mercado.

“Dada a situação de perdas para a soja no Brasil, o peso maior na formação de preço vem da Argentina, onde as condições das lavouras estão melhores neste ano. Dentro desse cenário atual, a Argentina poderá produzir mais de 50 milhões de toneladas neste ano”, estima Vlamir Brandalizze, consultor de mercado.

Segundo ele, a perspectiva com a safra no país vizinho é o principal vetor para as cotações estarem abaixo dos US$ 13,00 o bushel, e ainda com tendência para novas quedas. “Os investidores estão buscando o ‘fundo do poço’ para as cotações que talvez seja abaixo dos US$ 12,50 o bushel”, disse.

No Brasil, produtores relatam que as chuvas melhoraram as condições das lavouras, apesar de muitas delas apresentarem doenças. Na sexta-feira, três grandes consultorias revisaram para baixo as suas estimativas para a produção de soja no Brasil em 2023/24, para um patamar próximo das 150 milhões de toneladas. Esse volume, segundo Brandalizze, já estava no radar do mercado.

“O mercado já tem a ideia de que a colheita brasileira deve ficar em uma faixa entre 148 milhões e 152 milhões de toneladas. Ele já sabe que será uma safra com perda de potencial produtivo. O fato novo é mesmo a produção argentina, que após dois anos de seca pode dobrar a em 2023/24”, indicou o consultor.

Para consolidar os números, o mercado espera pelos relatórios da Conab no dia 10 e do USDA no dia 12
Sobre a produção de soja na Argentina, a expectativa é que passe de 25 milhões de toneladas em 2022/23 para 48 milhões na safra atual.

USDA – Exportações EUA

Os volumes inspecionados nos portos dos Estados Unidos do milho vieram dentro do esperado, os da soja vieram abaixo do esperado e os do trigo vieram acima do esperado.

Na semana encerrada em 4 de janeiro, os EUA embarcaram 674.749 toneladas de soja, enquanto as estimativas do mercado variavam entre 700.000 e 1.125 milhão de toneladas. O volume ficou também abaixo do da semana anterior. No ano comercial, os EUA já exportaram 23.945.566 toneladas, 21% menos do que no mesmo período do ano comercial anterior.

De milho, os embarques semanais norte-americanos totalizaram 856.597 toneladas, volume dentro das estimativas do mercado que variavam entre 500.000 e 975.000 toneladas. Em relação à semana anterior, o volume é consideravelmente maior, e eleva o total das exportações no ano comercial para 12.807.045 toneladas, 28% mais do que há um ano.

Os EUA embarcaram ainda 491.074 toneladas de trigo, acima das expectativas do mercado que variavam entre 200.000 e 350.000 toneladas. No acumulado do ano comercial, as exportações dos EUA de trigo totalizam 10.132.124 toneladas, 16% abaixo do volume exportado no mesmo período no ano passado.

Exportações – Argentina

As exportações argentinas de grãos e derivados em 2023 totalizaram 57.8 milhões de toneladas, informou em nota a Bolsa de Comércio de Rosário. O volume representa uma queda de 41,10% em relação a 2022 (98.1 milhões de toneladas) e é o menor volume desde 2009, quando foram exportadas 52 milhões de toneladas.

Nos últimos quatro anos, as exportações da Argentina superaram as 90 milhões de toneladas. Segundo a Bolsa, o desempenho de 2023 é reflexo de três anos seguidos de chuvas abaixo da média, que levaram a produção de grãos em 2022/23 a cair quase 38%, para cerca de 83 milhões de toneladas.

As exportações do complexo soja totalizaram 23.6 milhões de toneladas em 2023, queda de 39% em relação as do ano anterior. Os embarques do milho recuaram 33% na mesma comparação, para 24.3 milhões de toneladas, enquanto os do trigo diminuíram 76%, para 3.6 milhões de toneladas.

No começo deste ano, a Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina (CIARA) e o Centro de Exportadores de Cereais (CEC) informaram que as exportações argentinas de grãos e derivados geraram uma receita de US$ 19.742 bilhões no ano passado, queda de 51% na comparação com 2022 e o menor valor em 15 anos.

Colheita Safra 2023/24 – Brasil

A colheita da safra 2023/24 do Brasil atingiu 0,60% até quinta-feira (4), contra os 0,04% colhidos no mesmo período da safra 2022/23, segundo levantamento da AgRural, divulgado hoje, 8.

Mato Grosso lidera os trabalhos, seguido por Rondônia e Paraná. Também já há colheita em Goiás e Mato Grosso do Sul, mas em áreas muito pontuais ainda.

Segundo a AgRural, em Mato Grosso, onde as lavouras sofreram com a falta de umidade durante boa parte do ciclo, agora as chuvas dificultam o avanço das colheitadeiras em algumas áreas, como é comum ocorrer em janeiro.
“Conforme esperado, as primeiras produtividades reportadas no Estado são bem mais baixas que o normal”, informou a Consultoria em comunicado.

“No Paraná, os trabalhos se concentram no Oeste do Estado e os rendimentos reportados são muito bons, em linha com a expectativa dos produtores”, indicou.

A AgRural já deu início ao processo de revisão da sua estimativa de produção na safra 2023/24, que na virada de novembro para dezembro foi reduzida para 159.1 milhões de toneladas.

Exportações – Brasil

O Brasil deverá exportar 1.3 milhão de toneladas de soja neste mês, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). As exportações de farelo devem totalizar 1.74 milhão de toneladas. Em 2023 foram exportadas 101.3 milhões de toneladas de soja e 22.2 milhões de toneladas de farelo.

Safra 2023/24 – Brasil

USDA – O Brasil deverá colher 158.5 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24, segundo o Adido do USDA em Brasília. A estimativa representa uma queda de 2,16% em relação à estimativa anterior de outubro, de 162 milhões de toneladas, por causa das perspectivas climáticas desfavoráveis resultantes do fenômeno El Niño, especialmente nos Estados do Centro-Oeste.

Contudo, o volume estimado ainda é 2,26% maior do que o da safra 2022/23, de 155 milhões de toneladas, com os rendimentos excepcionalmente altos em grande parte dos Estados produtores, informou o Adido do USDA.

O Adido também reduziu ligeiramente a estimativa da área plantada com a oleaginosa, de 45.4 milhões para 45.2 milhões de hectares. Ainda assim, caso se confirme, será a maior área já destinada ao plantio de soja, segundo o Adido. Para a safra passada, a estimativa foi de 44 milhões de hectares. Além disso, a estimativa da produtividade da safra 2023/24 é de 3.507 kg/ha, menor do que a do ano anterior, mas 5% superior à média histórica das últimas cinco safras.

Além disso, o Brasil deve registrar volumes recordes de exportação, mesmo com as perspectivas desafiadoras para a produção em 2023/24, indicou o Adido do USDA. O Adido reduziu ligeiramente a sua estimativa das exportações para a temporada, de 100.2 milhões para 100 milhões de toneladas. Isso deve ocorrer devido à colheita reduzida e à crescente demanda doméstica por produtos oleaginosos.

Entretanto, a estimativa de um real mais fraco em relação ao dólar pode manter as exportações de soja do País competitivas ao longo de 2024, possibilitando um desempenho de exportação semelhante ao de 2022/23, segundo o relatório.

Para a safra 2022/23, a estimativa das exportações foi aumentada para 102 milhões de toneladas, por causa da colheita recorde, da taxa de câmbio favorável e da demanda externa sólida, segundo o Adido. Durante 2022/23, entre fevereiro e novembro de 2023, o Brasil exportou 97.1 milhões de toneladas de soja, aumento de mais de 30% em relação ao mesmo período de 2021/22 (ou seja, fevereiro a novembro de 2022). “Com os volumes adicionais de 3.9 milhões de toneladas em dezembro, o Brasil caminha para um desempenho recorde de exportação”, indicou o Adido.

Ainda segundo o Adido, o esmagamento deverá totalizar 56.2 milhões de toneladas em 2023/24, queda de 1,25% em relação a previsão anterior, mas um aumento de 4% em relação à estimativa para 2022/2023 (53.3 milhões de toneladas). A produção de farelo deve ser de 42 milhões de toneladas, enquanto a de óleo de soja deve ser de 11 milhões de toneladas.

Safras & Mercado – Segundo a Safras & Mercado, a produção brasileira de soja em 2023/24 deverá totalizar 151.356 milhões de toneladas, uma queda de 4,10% em relação à safra 2022/23, que foi de 157.83 milhões de toneladas. Em 8 de dezembro, data da estimativa anterior, a projeção era de 158.23 milhões de toneladas. A redução em relação a previsão anterior é de 4,34%.

Cogo Inteligência em Agronegócio – A safra de soja do Brasil em 2023/2024 foi estimada em 155.2 milhões de toneladas, informou nesta segunda-feira a Cogo Inteligência em Agronegócio, que reduziu em cerca de 5 milhões de toneladas a sua estimativa em comparação com os números de dezembro.

Em relatório, a Consultoria informou ainda que novas perdas resultantes do tempo seco e quente ao Norte do País deverão ser apontadas no relatório do próximo mês.

Por ora, a estimativa da Cogo ainda indica um leve crescimento na comparação com a safra passada, cuja colheita foi de 154.6 milhões de toneladas. “O excesso de chuvas no Sul e a restrição hídrica no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Pará e Centro-Oeste marcaram o plantio da atual safra. Foram contabilizados 650.000 hectares de replantios em áreas no Centro-Oeste, Matopiba e Minas Gerais, além de ocorrências pontuais de abandonos de áreas e preparo para outros cultivos, com o algodão”, indicou.

A Cogo informou que a previsão é de bons volumes de chuvas entre janeiro e março, “o que deverá favorecer as lavouras do Brasil Central e atenuar a estiagem no Matopiba”. “Neste cenário, reduzimos a estimativa da safra de soja 2023/2024 para 155.2 milhões de toneladas, quebra de 5% em relação à estimativa inicial de 163.4 milhões de toneladas, destacando que as boas produtividades previstas para as regiões Sul e Sudeste deverão compensar parte das perdas previstas para as regiões Centro-Oeste e do Matopiba”, indicou.

Segundo a Cogo, os “cortes efetuados até este momento” se referem a “quebras irreversíveis e novas reduções de produtividade deverão ser contabilizadas no relatório que será divulgado em fevereiro”.

Mercado Interno

A área mundial plantada com soja aumentou pela quarta temporada seguida, gerando expectativas do registro de um novo recorde de oferta na safra 2023/24. Desde a temporada 2019/20, a área global aumentou 12,60% e a produtividade, 4%, segundo dados do USDA. Com isso, a produção mundial deu aumentou 16,80%.

A demanda também segue aumentando, mas em um ritmo mais lento do que o da oferta. Em quatro anos-safras, o consumo total de soja aumentou 6,70%.

Segundo pesquisadores do CEPEA, esse cenário pode limitar as altas dos preços no curto prazo. Vale lembrar que as estimativas do USDA para a temporada 2023/24 ainda devem passar por ajustes e que os dados indicados pelo Departamento estão acima dos estimados por consultorias privadas.

No Brasil, a colheita já está em andamento, mesmo que em ritmo lento, mas os impactos do El Niño sobre a produção começam a ser evidenciados. Diante disso, muitos agentes acreditam em reajustes negativos nos dados de produção do USDA nos próximos relatórios.

O mercado brasileiro de soja está travado, diante das incertezas sobre a colheita no Brasil e o tamanho real da safra.
Segundo acompanhando da T&F Consultoria Agroeconômia, os preços em todo o País têm oscilado pouco, independentemente do que ocorre em Chicago.

Na sexta-feira (5/1), a saca da soja valia R$ 138,00 no Porto de Rio Grande (RS) e R$ 141,00 no Porto de Paranaguá (PR), ambas para entrega em fevereiro. No interior do Rio Grande do Sul, a média era R$ 130,00, enquanto na cidade paranaense de Ponta Grossa valia R$ 126,00.

Em Mato Grosso do Sul, compradores indicavam R$ 130,00 para retirada em 15 de janeiro e pagamento em 30 de janeiro. Vendedores estão fora do mercado, sem oferta de lotes, indicou a consultoria. A comercialização antecipada da soja também está lenta. Compradores propunham R$ 115,00 para retirada em março e pagamento em 30 de abril, mas sem reporte de vendas.

Em Mato Grosso, as propostas estão se aproximando de R$ 130,00 para entrega ainda em janeiro e pagamento em fevereiro, os preços internos dos lotes se mostram estáveis, indicou a T&F em relatório.

Da mesma forma, na região do Matopiba, não há movimentações e a cotação em Balsas (MA) segue a R$ 126,00. Em Porto Franco (MA) o preço é de R$ 124,00; em Uruçuí (PI) R$ 129,00 e em Luiz Ricardo Magalhães (BA) R$ 122,80.

Milho fechou em baixa com o mercado focado na demanda

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 5,75 centavos, com o março/24 cotado a US$ 4,55 (- 1,25%) e o maio/24 a US$ 4,67½ (- 1,22%) o bushel. O março registrou nova mínima contratual aos US$ 4,52. Nas últimas cinco sessões o março/24 acumula uma queda de 3,45% e o maio/24 de 3,41%.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa, após duas sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 18,25 a 19,75 centavos, com o março/24 cotado a US$ 5,96¼ (- 3,21%) e o maio/24 a US$ 6,09¼ (- 2,91%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o março/24 acumula uma queda de 5,06% e o maio/24 de 4,73%.

O milho também fechou em baixa em Chicago com a manutenção do cenário de oferta elevada e demanda retraída.
Diferentemente do mercado da soja, em que as atenções estão concentradas no desenvolvimento da safra na América do Sul, o milho foi pautado por questões de demanda, segundo Vlamir Brandalizze.

“Os EUA estão com dificuldades para escoar o seu milho para a Ásia utilizando as rotas do Canal do Panamá. Com isso, o milho brasileiro está mais vantajoso para os compradores internacionais”, disse.

A demanda pelo milho americano caiu na última semana, impedindo também uma alta nos preços futuros. No período de sete dias encerrado no dia 28 de dezembro, as vendas líquidas do cereal no país totalizaram 367.500 toneladas, queda de 74% em relação à semana imediatamente anterior.

Já o trigo registra um movimento de correção, após subir por duas sessões consecutiva. Caiu até seis vezes o volume normal de precipitação em áreas das planícies do Sul dos EUA na semana passada, segundo o Serviço Meteorológico Nacional dos EUA. Isso é benéfico para as lavouras. Vários centímetros de neve são esperados ainda em áreas do Leste do Colorado, Oeste do Kansas e Oklahoma e Texas nos próximos dias.

Para a T&F Consultoria Agroeconômica, o mercado está acompanhando com essa cobertura de neve sobre o trigo de inverno não só nos EUA, mas também na Europa e região do Mar Negro.

Exportações – Ucrânia

As exportações de grãos da Ucrânia até o momento na temporada de comercialização de julho a junho de 2023/24 caíram para cerca de 19.4 milhões de toneladas, em comparação com as quase 23.6 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado, mostraram dados divulgados pelo Ministério da Agricultura ucraniano na segunda-feira.

O volume exportado nesta temporada inclui 7.8 milhões de toneladas de trigo, 10.3 milhões de toneladas de milho e 1.2 milhão de toneladas de cevada.

Até 9 de janeiro da temporada anterior, a Ucrânia havia exportado 8.6 milhões de toneladas de trigo, 13.3 milhões de toneladas de milho e 1.7 milhão de toneladas de cevada.

Em janeiro até agora, a Ucrânia exportou 1.03 milhão de toneladas de grãos, segundo os dados do ministério.
Tradicionalmente, a Ucrânia envia a maior parte de suas exportações por meio de seus portos de águas profundas do Mar Negro.

O governo ucraniano estima uma colheita de 81.3 milhões de toneladas de grãos e sementes oleaginosas em 2023, com seu excedente exportável para 2023/24 totalizando cerca de 50 milhões de toneladas.

Colheita Safra 2023/24 – Brasil

A colheita da primeira safra de milho 2023/24, o do milho verão, atingiu 3,30% da área plantada no Centro-Sul do Brasil, na quinta passada, contra os 2,30% colhidos no mesmo período do ano passado, segundo dados da AgRural. “O ritmo da colheita é liderado pelo Rio Grande do Sul e por Santa Catarina, que plantam mais cedo”, informou a Consultoria.

Algumas plantadeiras também já estão em campo nas primeiras áreas de milho safrinha do Paraná, mas o movimento ainda é tímido e avança na medida em que a colheita da soja vai dando os primeiros passos. “Em Mato Grosso, a prioridade dos produtores, no momento, é o plantio do algodão safrinha, que tem janela mais curta, mas o início do plantio do milho é iminente”, concluiu a AgRural.

Exportações – Brasil – 1

Na primeira semana de janeiro de 2024, o Brasil embarcou 1.333.331 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, segundo o relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume representa 21,70% do total exportado em janeiro de 2023 (6.134.944 toneladas).

Com isso, a média diária de embarques nestes 4 primeiros dias úteis do mês foi de 333.332 toneladas, representando aumento de 19,50% com relação à média diária de embarques de 278.861 toneladas registradas nos 22 dias úteis de janeiro passado.

Exportações – Brasil – 2

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) estima que o Brasil deverá exportar 3.33 milhões de toneladas de milho no mês de janeiro de 2024, o que representaria uma queda de 1.5 milhão de toneladas em relação ao volume exportado em janeiro de 2023.

Para o trigo, a ANEC estima a exportação de 192.400 toneladas. No total do ano passado, foram exportadas 55.6 milhões de toneladas de milho e 2.4 milhões de toneladas de trigo.

Mercado Interno

Enquanto a produção brasileira de milho deve ser menor neste ano, o consumo interno pode aumentar, sobretudo por parte dos setores de proteína animal e da pujante indústria de etanol produzido a partir do cereal no País.
Segundo pesquisadores do CEPEA, um possível equilíbrio entre oferta e demanda deve ocorrer com a queda das exportações, já que as vendas externas podem ser limitadas pelo menor excedente doméstico.

Os preços deste começo de 2024, por sua vez, estão bem abaixo dos registrados há um ano, contexto que reduz as margens e que somado às incertezas quanto aos impactos do El Niño sobre a produtividade, diminui o interesse de agricultores pelo plantio de milho, com alguns já indicando que não devem aumentar a área. Na B3, os preços futuros apontam para níveis mais altos no 2º semestre.

Fonte: SNA  Agro – Por Hélio Sirimarco

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