Em vídeo divulgado no canal no Youtube pelo pesquisador Marcelo Gripa Madalosso é abordado sobre a semeadura e estabelecimento da soja em locais onde a temperatura é muito alta, sobretudo nesse período inicial, ocasionando morte das plantas em virtude do calor excessivo.
O vídeo ajuda a identificar a plântula de soja que vem sofrendo tombamento por causa de cancro de calor ou escaldadura do colo. As altas temperaturas, associadas a estresse hídrico e ausência de palha, levam a desnaturação celular, causando estrangulamento e tombamento da plântula. Nada tem a ver com fungos de solo, pois é causa abiótica, destacou o pesquisador.
Marcelo destaca que nos estados acima de Santa Catarina, incluindo o Cerrado, e boa parte do Paraguai, vem ocorrendo uma condição de temperaturas muito elevadas e estresse hídrico, além da não padronização das chuvas. Esses fatores tem prejudicado inclusive a semeadura nesses locais, onde alguns produtores acabam semeando “no pó”, na espera das chuvas, porém, o desenvolvimento da cultura da soja vem sendo muito prejudicado.
Essas temperaturas muito elevadas, sem a ocorrência de chuvas, têm ocasionado na soja o que denominamos de tombamento por calor, cancro de calor e escaldadura, que ocasiona na soja um sintoma típico como é possível observar nas figuras a seguir:
O pesquisador ressaltou também que esse comportamento observado na cultura da soja é proveniente da ação da temperatura, e não deve ser confundido com doenças. O que ocorre é que como a temperatura está muito alta nesses locais e o tecido da planta de soja ainda não foi lignificado, acaba desidratando e desestruturando a estrutura celular, fazendo com que aconteça uma perda de água muito forte devido a esse aquecimento na superfície do solo.
Esses casos, em áreas de solos desnudos são ainda mais severos, principalmente naqueles locais onde, pelo estresse hídrico não foi possível realizar a dessecação, optando pelo manejo com grade, o que deixou o solo ainda mais propenso ao aumento da temperatura com o calor.
Em situações como essa, o pesquisador orienta para se esperar a regularização das chuvas e pensar-se em um possível replantio, caso necessário.
Confira o vídeo abaixo.
