O Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) anunciou, nas últimas semanas, a suspensão de nove linhas de crédito rural, deixando principalmente os pequenos e médios produtores rurais preocupados sobre o futuro de suas produções.

De acordo com Valder Zacarkim, CEO do FazendaCheia, plataforma especializada em investimentos agropecuários por meio de financiamento coletivo, esse cenário preocupa os pequenos e médios empreendedores rurais principalmente pelo fato de eles contarem, na esmagadora maioria das vezes, com esses recursos do BNDES, já que os bancos brasileiros convencionais tornam as fontes de financiamento e de crédito muito mais acessíveis aos grandes produtores do ramo.

“O pequeno produtor fica refém das grandes instituições financeiras, que além de serem muito mais escassos, ainda são impostas diversas dificuldades para a obtenção desse crédito que, no fim, acabam sendo insuficientes, na maioria das vezes, para desempenhar suas atividades”, explica o executivo do FazendaCheia.

O especialista ainda aponta que, no Brasil, 84% das propriedades rurais pertencem aos pequenos e médios agropecuaristas, o que representa uma parcela significativa do abastecimento nacional, tendo em vista que as grandes empresas têm como objetivo principal a exportação de suas produções.

Caroline Hirassaka, co-fundadora do FazendaCheia e técnica em finanças, explica que, com os pequenos e médios produtores rurais impedidos de tomarem crédito para suas produções, há um certo risco de que isso impacte diretamente na produção pecuária e, consequentemente, na economia brasileira, já que 21,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil é proveniente do agronegócio e, destes, cerca de 25% vem justamente do pequeno e médio produtor rural.

“Além desses ‘cortes’ nas linhas de financiamento do BNDES, há de se considerar também a dificuldade, cada vez maior, em se tomar crédito nos bancos tradicionais. Toda a instabilidade econômica pela qual o Brasil tem passado, torna o mercado de crédito muito mais restrito e rigoroso com relação a quanto, quando, como e pra quem irá emprestar aquele recurso”, pontua Hirassaka.

O financiamento coletivo como uma saída viável

O financiamento coletivo, conhecido internacionalmente como crowdfunding, consiste na captação de capital de investidores para o financiamento de um projeto de interesse em comum entre esses investidores que, na maioria das vezes, são pessoas físicas.

Um grupo de pessoas interessadas em um determinado objetivo reúne-se para aportarem capital e financiar uma determinada iniciativa, o que seria bem mais oneroso caso o valor total partisse de uma única fonte.

O FazendaCheia é uma plataforma inovadora que conecta o pequeno produtor rural à pessoas interessadas em investir no ramo da pecuária, mas não possuem a totalidade dos recursos necessários para fazê-lo sozinho, ou simplesmente não desejam cuidar diretamente dos empreendimentos pecuários.

Sem possuir um pedaço de terra sequer, qualquer interessado pode obter cotas (pedaços do rebanho de gado), tornando-se um investidor do empreendimento pecuário do pequeno produtor rural que, na outra ponta, possui terras adequadas a este fim, mas não os recursos financeiros para a compra do rebanho.

O produtor fica responsável por toda a lida com o gado, em absolutamente todos os aspectos, e o investidor recebe, após o tempo determinado para o fim daquele empreendimento, os lucros advindos da destinação do gado, sem precisar ter participado de nenhuma etapa da produção em si.

Embora o investidor possa acompanhar em tempo real, através de plataforma própria do FazendaCheia, o seu rebanho, ele também pode, caso deseje, visitar a fazenda daquele pequeno produtor rural que está cuidando de seu gado, para conhecer e participar da rotina pecuária.

“Por meio da tecnologia nós conseguimos o impensável: fazer com que uma pessoa, de qualquer lugar do planeta, que não possua nem um pedaço de terra sequer, possa ser um investidor agropecuário, sem precisar pisar numa fazenda, se ele não quiser. Isso foi possível graças à nossa tecnologia de monitoramento, que transforma o gado em um ativo físico com lastro, o que permite o acompanhamento deste ativo. É extremamente disruptivo, e cada vez mais os produtores têm podido contar com esses investidores para tornar viável as suas produções, como deve ser”, finaliza Valder Zacarkim, CEO e co-fundador do FazendaCheia.

Fonte: Assessoria de Imprensa FazendaCheia



 

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