Segundo o Imea, a semeadura do algodão em Mato Grosso avançou 10,94 p.p. na semana passada, de modo que, até a última sexta-feira (12/01), 36,66% da área estimada para a safra 23/24 já havia sido semeada, tendo as regiões nordeste e sudeste mais avançadas, com 56,60% e 41,88% de suas áreas já semeadas, respectivamente.
Dessa forma, os trabalhos a campo estão 22,03 p.p. à frente do registrado no mesmo período da safra passada e 16,53 p.p. acima da média dos últimos cinco anos. Cabe destacar que, no ciclo 2022/23, o processo de semeadura do algodão foi mais tardio em função das chuvas intensas nas principais regiões produtoras, que prejudicou o andamento dos trabalhos a campo. Por fim, a expectativa é de que o ritmo acelere nas próximas semanas, quando as áreas de segunda safra começam a ser semeadas, visto que representam 83,10% da área total de algodão no estado.
Confira os principais destaques do boletim:
- VALORIZAÇÃO: com o suporte da alta do petróleo e o relatório de vendas de exportação do USDA, o preço da ICE dez/24 exibiu avanço de 0,38% na última semana.
- DECRÉSCIMO: apesar do modesto acréscimo na ICE dez/24, a paridade dez/24 exibiu recuo de 0,10% no comparativo semanal, reflexo da desvalorização do dólar na semana.
- QUEDA: com a baixa liquidez, reflexo do pouco fluxo de negócios na semana, devido o recesso e férias coletivas de final de ano, o preço Cepea apresentou retração de 1,91%.
Tendo a Ásia como maior destino, Mato Grosso foi responsável por 62,92% do algodão exportado pelo Brasil em 2023.
De acordo com os dados da Secex, a participação do estado nos envios do país reduziu 6,54 p.p. em 2023 ante a 2022, escoando um volume de 1,02 milhão de t. Além disso, o volume exportado pelo estado foi 18,73% inferior ao registrado em 2022. No tocante aos destinos da pluma mato-grossense, o continente asiático segue como principal consumidor, sendo responsável por 90,44% dos envios do estado, aumentando sua participação em 3,87 p.p. em relação à 2022.
Com relação aos principais parceiros comerciais, a China novamente foi líder nas importações de algodão de MT, com 452,51 mil t, seguida por Vietnã com 142,66 mil e Bangladesh com 142,45 mil t, participações de 44,45%, 14,01% e 13,99%, respectivamente. Por fim, considerando a importância da Ásia no cenário da cotonicultura de MT, a demanda enfraquecida de alguns países do continente é ponto de atenção para o fechamento das exportações do ciclo 22/23.
Fonte: IMEA