As cotações do trigo, em Chicago, fecharam a quarta-feira (03/07), já que no dia 04 de julho foi feriado nos EUA, em US$ 5,54/bushel, contra US$ 5,59 no dia 27/06. Vale destacar que a média de junho ficou em US$ 5,99/bushel, com recuo de 8,7% sobre maio. Para comparação, a média de junho de 2023 foi de US$ 6,60/bushel, ou seja, o bushel de trigo perdeu, na Bolsa, US$ 0,61. Dito de outra forma, o bushel de trigo, em Chicago, na média dos 12 meses, encerrada em junho/24, perdeu 9,2% de seu valor.
A expectativa, agora, é pelo próximo relatório de oferta e demanda do USDA, o qual será divulgado no dia 12/07.
Enquanto isso, a área semeada com todos os tipos de trigo, nos EUA, fechou em queda de 5% sobre o ano anterior. A mesma ficou em 19,1 milhões de hectares para 2024. Já os estoques trimestrais, na posição 1º de junho, atingiram a 19,1 milhões de toneladas, com um aumento de 23% sobre igual período de 2023.
Dito isso, as lavouras do trigo de inverno, nos EUA, já estavam colhidas em 54% da área até o dia 30/06, contra 39% na média histórica. Já a condição das lavouras ainda a colher apresentavam-se com 51% entre boas a excelentes, 34% regulares e 15% entre ruins a muito ruins. Por sua vez, as condições das lavouras do trigo de primavera estavam com 72% entre boas a excelentes, 24% regulares e 4% entre ruins a muito ruins.
No Brasil, os preços do trigo ficaram relativamente estávei neste início de julho, com a média gaúcha fechando em R$ 68,67/saco, enquanto as principais praças locais trabalharam com valores entre R$ 67,00 e R$ 68,00. Já no Paraná o preço médio permaneceu em R$ 75,00/saco nas principais praças.
Segundo a Emater gaúcha a área da nova safra de trigo do Rio Grande do Sul deverá recuar 12,8% em relação a 2023. Mesmo assim, se o clima ajudar, espera-se uma produção fical de 4,07 milhões de toneladas, contra 2,62 milhões obtidas na frustrada safra do ano anterior.
E no Paraná, a entrada de julho registrava um plantio ao redor de 96%, com a área local recuando 19% sobre 2023. Mesmo assim, em o clima ajudando, espera-se uma produção final de 3,8 milhões de toneladas, com a mesma superando em 5% à registrada no ano passado. (cf. Deral)
Por sua vez, a Conab espera uma produção total brasileira em trigo de 9,06 milhões de toneladas, contra 8,1 milhões obtidas na frustrada safra de 2023.
Fonte: CEEMA UNIJUÍ – Prof. Dr. Argemiro Luís Brum – Comentários referentes ao período entre 28/06/2024 e 04/07/2024