O trigo é uma cultura de extrema relevância para o agronegócio brasileiro e trazendo benefícios diretos e indiretos, tem sido um grande aliado na promoção da sustentabilidade na agricultura.
Embora não seja produzido em todo país, o trigo é consumido por quase todo território nacional. Atualmente, os maiores estados produtores são o Rio Grande do Sul e o Paraná, tanto em área como volume de produção. São Paulo fica em terceiro lugar. O Paraná, topo da lista, é o maior produtor nacional de trigo. Com 3,8 milhões de toneladas na safra atual, o estado responde por 52% de tudo o que o país produz.
Não é à toa que ele é um dos cereais mais consumidos do mundo. Imagina um único alimento estar presente em farinhas, pães, biscoitos, massas e até em bebidas, como a cerveja. Exatamente! O trigo é um ingrediente básico na mesa de milhares de famílias, extremamente importante para a saúde nutricional da população e há anos ocupa um lugar de destaque, ao lado do milho e do arroz.
As primeiras plantações de trigo foram identificadas no Egito, mas o grão rapidamente se espalhou pelo mundo, chegando no Brasil através dos portugueses. E, mesmo que ainda seja cultivado por diversas nações, se tornou uma cultura muito importante para o agronegócio brasileiro.
A produção nacional está estimada em 8 milhões de toneladas em 2021. Contudo, o Brasil, um dos cinco maiores importadores de trigo do mundo, ainda precisa importar outros 6 milhões.
Em SC e no RS agora o trigo também está tendo outras finalidades, além da farinha. Para produzir ração, a fim de reduzir a dependência do milho, que está cada vez mais escasso para os dois estados sulinos. Em SC já foi iniciado neste ano um programa de incentivo ao plantio de cerais de inverno por parte da secretaria da Agricultura estadual. No RS também já se ensaia algo semelhante, porém pelas entidades do agro e não pelo governo do estado.
A preocupação no momento ainda é com a falta de semente apropriada pela essa finalidade. Enquanto a pesquisa não apresentar sementes específicas para produção cereais de inverno para produção de ração, está sendo utilizada a mesma semente destinada a trigo para farinha. Entretanto, técnicos entendem que se o mercado da farinha for melhor devido a insuficiência no país, dificilmente o produtor de trigo vai vender para ração, a menos que seja produto que não atinja qualidade necessária para a farinha.
O secretário da Agricultura de SC, Altair Silva, acredita que com apoio do governo e o compromisso das agroindústrias de adquirir o trigo por preços equivalentes ao do milho será mais fácil que se amplie a área de trigo em SC destinada a produção de rações assim reduzir e dependência de milho de fora do estado ou do exterior.
Fonte: Redação MundoCoop / com adaptação da Fecoagro/SC