A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerrou a sessão com forte baixa para os contratos de trigo. O mercado teve um pregão marcado por um movimento de realização de lucros, após três dias de consecutivas de alta.
A correção foi impulsionada pela elevação na estimativa da safra de trigo na Rússia e pela queda nas temperaturas no sul do país e no leste da Ucrânia, o que reduziu os temores de impactos climáticos mais severos. A melhora nas condições das lavouras globais em comparação com anos anteriores também contribuiu para o recuo das cotações.
Além disso, o cereal foi pressionado pelas previsões meteorológicas indicando clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos. Os agentes também estavam atentos ao relatório semanal do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que será divulgado no fim da tarde e trará uma atualização sobre as condições das lavouras norte-americanas.
O USDA também divulgará, na próxima quinta-feira (12), às 13h, seu relatório mensal de oferta e demanda (WASDE) para o trigo. O documento trará atualizações sobre os números da temporada 2025/26, incluindo projeções de produção e estoques dos Estados Unidos e do mercado global.
Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra americana em 2025/26 deverá ficar em 1,923 bilhão de bushels, contra 1,921 bilhão previstos em maio.
Estoques dos EUA
Os estoques finais dos Estados Unidos em 2025/26 devem ser indicados em 916 milhões de bushels, frente aos 923 milhões previstos no relatório anterior. As estimativas variaram de 868 milhões a 948 milhões de bushels.
Já para 2024/25, os estoques finais do país devem ser indicados em 840 milhões de bushels, contra 841 milhões em maio. As projeções variaram de 816 milhões a 866 milhões de bushels.
Os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam cotados a US$ 5,42 por bushels, baixa de 12,75 centavos de dólar, ou 2,29%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em setembro encerraram a US$ 5,57 por bushel, recuo de 11,75 centavos de dólar, ou 2,06%, em relação ao fechamento anterior.
Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News