A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços mais altos. O mercado consolidou uma recuperação técnica, sustentado pela desvalorização do dólar frente a outras moedas correntes.
Analistas consultados por agências internacionais consideram o cereal estadunidense bastante competitivo em relação ao russo e o ucraniano. A fraqueza da moeda norte-americana contribui para este cenário. A tendência, no entanto, segue baixista aos preços.
Segundo a Reuters, as chuvas na França e na Alemanha, os maiores produtores da União Europeia, tiveram pouco impacto sobre os preços internacionais. Isso porque a abundância em outros exportadores, como Rússia, Estados Unidos e Canadá freia temores de escassez.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de trigo de inverno. Até 18 de agosto, a colheita estava apontada em 96%. Na semana passada, eram 93%. Em igual período do ano passado, o número estava em 95% e a média dos últimos cinco anos é de 95%.
Já sobre a evolução da colheita das lavouras de trigo primavera, até 18 de agosto, a colheita estava apontada em 31%. Na semana passada, eram 18%. Em igual período do ano passado, o número estava em 35% e a média dos últimos cinco anos é de 36%.
O USDA também divulgou dados sobre as condições das lavouras de primavera. Segundo o USDA, até 18 de agosto, 73% estão entre boas e excelentes condições, 22% em situação regular 5% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana passada, eram 72%, 23% e 5%, respectivamente.
No fechamento, os contratos com entrega em setembro eram cotados a US$ 5,33 por bushel, alta de 4,75 centavos de dólar, ou 0,89%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em dezembro eram negociados a US$ 5,56 1/2 por bushel, ganho de 4,25 centavos, ou 0,76% em relação ao fechamento anterior.
Autor/Fonte: Gabriel Nascimento / Safras News