No mercado físico os preços do trigo no Rio Grande do Sul continuam inalterados ao redor de R$ 740/750,00/t FOB e R$ 800,00/820,00/t CIF para o trigo de panificação e R$ 900,00 para o trigo melhorador e provavelmente sofrerá duas ondas, nas próximas semanas: primeiro, uma pressão de venda para limpar os armazéns, por parte dos cerealistas (um pouco menos das cooperativas e dos agricultores) para limpar os armazéns e a outra, uma nova onda de compras por parte dos moinhos do Paraná, para compensar a quebra de safra no seu estado.
A exportação terá que disputar com os moinhos paranaenses e, isto, pode elevar um pouco os preços, novamente, em janeiro. Mas, hoje, segunda-feira, aparentemente o mercado continuou morto, sem negócios significativos.
No Paraná alguns moinhos estão preocupados com a possível falta de produto local, mais barato que o importado, o que resultaria em aumento dos seus custos na produção das farinhas. A diferença estaria ao redor de R$ 150,00/tonelada, aproximadamente, dependendo da localização do moinho. Por isto, espera-se uma nova onda de compras de trigo gaúcho, para compensar esta falta, enquanto for possível.
A exportação terá que disputar com outros estados o excedente de trigo gaúcho
Como demonstramos nesta semana, o RS deverá ter uma disponibilidade ao redor de 640 mil toneladas para vender a outros estados ou para exportação, dependendo de quem pagar melhor.
Por enquanto, os preços de exportação para o trigo brasileiro em dezembro o preço está ao redor de US$ 194,00/t, liquidando no interior R$ 39,54/saca, quase competitivo, porque o mercado interno paga R$ 45,00/saca (para trigo bom, no mercado de lote), a menos que seja trigo forrageiro, para o qual este preço seria competitivo.
Preços das importações acompanharam a queda do dólar nesta segunda-feira
Com relação às importações, o trigo argentino com 11,5% chegaria aos moinhos do Rio Grande do Sul e do Paraná, por via marítima (portos de Rio Grande e Paranaguá), ao redor de R$ 1.027,56 em Dezembro, R$ 1.025,99 em Janeiro/20, R$ 1.039,86 em Fevereiro/20, R$ 1.057,65 em Março/20 e R$ 1.067,71 em Abril/20. Por via fluvial (desembarcadouro em Foz do Iguaçú) chegariam aos moinhos do Oeste do PR ao redor de R$ 1.002,84/tonelada.
Para os moinhos de São Paulo, o trigo argentino chegaria via marítima a R$ 1.054,89/t, contra R$ 1.062,011, do dia anterior e abaixo do trigo americano com TEC, que chegaria a R$ 1.302,99, contra R$ 1.382,60/t do dia anterior. Para Salvador o trigo americano com TEC chegaria a R$1.335,71/t e o argentino a R$ 996,80/t. Em Fortaleza o trigo americano com TEC chegaria a R$ 1.335,71/t e o trigo argentino a R$ 1.005,11/t. Vide desembarques previstos no Line-Up abaixo.
Mercado continua inalterado, espera o USDA desta terça
As cotações do trigo fecharam em leve queda de 0,50 cents/bushel nesta segunda-feira. A cotação de janeiro fechou a $ 532,00 para o trigo soft de Chicago, contra $532,50 do dia anterior. Em Kansas o trigo fechou em queda mais forte de 5,0 cents/bushel a $ 426,0/bushel para março, contra $ 431,00 do dia útil anterior.
Mercado praticamente inalterado, devolveu exatamente a alta do dia útil anterior. A atenção continua sobre a produção final no Hemisfério Sul (Argentina e Austrália). Ao mesmo tempo se acompanha de perto o plantio e o estado de cultivo da nova safra do Hemisfério Norte, junto com o comportamento do mercado exportador, no qual o trigo americano tem dificuldade de se inserir, mantendo as Bolsas do país sob pressão.
A atualização semanal de inspeções de exportação do USDA o total das exportações de trigo até 05/12 para 13.017 MT. As 313.810 toneladas embarcadas na semana, foram 18% acima da mesma semana do ano passado. O México foi o principal destino com uma participação de 19,5% nas exportações de trigo; depois deles foram Tailândia e Japão, com 17,53% e 17,41%, respectivamente.
As estimativas de trigo dos EUA no relatório do USDA desta terça-feira variam de 26,23 MT a 28,57 MT. Os analistas esperam que estoques finais mundiais de trigo sejam de 283,9 a 290 MT, que em média é uma forma de redução de 1,4 MT no WASDE de novembro. O relatório da CFTC mostrou que os fundos estavam comprados líquidos de trigo Chicago; Kansas City os Fundos estavam vendidos líquidos; e para trigo MGE, os Fundos estavam vendidos líquidos em 03/12.
Fonte:T&F Agroeconômica