A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços significativamente mais baixos. Em dia de realização de lucros, o mercado devolveu parte dos ganhos acumulados nos últimos três pregões. Hoje o contrato spot renovou a máxima no ano, chegando a US$ 6,53 3/4 por bushel.
A correção técnica do cereal foi influenciada pela ligeira melhora nas condições das lavouras norte-americanas e pelo avanço da semeadura no país. Além disso, o recuo do preço do petróleo em Nova York contribuiu para o quadro desfavorável.
Por outro lado, posições mais distantes já operam no território positivo com os investidores avaliando o clima nos Estados Unidos e na Rússia.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de trigo de inverno. Segundo o USDA, até 5 de maio, 50% estavam entre boas e excelentes condições, 34% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, 49% das lavouras estavam em situação de boa a excelente.
Já sobre a evolução do plantio das lavouras de trigo primavera. Até 5 de maio, o plantio estava apontado em 47%. Em igual período do ano passado, o número estava em 21% e a média dos últimos cinco anos é de 31%. Na semana passada, o plantio estava em 34%.
O relatório de maio de oferta e demanda do USDA, que será apresentado nesta quinta-feira (9), deve reduzir os estoques finais do país para a temporada 2023/24.
Conforme traders e analistas consultados por agências internacionais, os estoques finais devem ficar em 689 milhões de bushels, ante 698 milhões estimados em abril. Para 2024/25, são esperados 786 milhões de bushels em maio.
No âmbito global, os estoques finais devem ficar em 258,1 milhões de toneladas em 2023/24, ante 258,3 milhões no relatório anterior. Para 2024/25, analistas esperam 256,9 milhões de toneladas em maio.
No fechamento, os contratos com entrega em julho eram cotados a US$ 6,42 3/4 por bushel, baixa de 6,00 centavos de dólar, ou 0,92%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em setembro de 2024 eram negociados a US$ 6,63 3/4 por bushel, recuo de 4,75 centavo, ou 0,71% em relação ao fechamento anterior.
Autor/Fonte: Gabriel Nascimento/Safras News