A safra de 2024 foi encerrada após a conclusão da colheita de trigo, durante a semana, nas regiões da Campanha, Sul e Campos de Cima da Serra. Os resultados obtidos apresentaram ampla variabilidade: de insatisfatórios – em parte das lavouras, devido à recorrência de chuvas durante as fases de enchimento de grãos e na colheita, causando a redução do peso dos grãos e germinação nas espiguetas — a expressivos, como no quadrante nordeste do Estado, onde o potencial produtivo foi preservado ao longo do ciclo.

Após o encerramento da colheita, a produtividade estimada pela Emater/RS-Ascar foi reavaliada para 2.839 kg/ha, sendo 8,41% inferior à projeção inicial, que era de 3.116 kg/ha.

Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Bagé e Porto Alegre, as produtividades ficaram inferiores à estadual, alcançando aproximadamente 2.400 kg/ha. Nas de Frederico Westphalen, Ijuí, Lajeado, Pelotas, Santa Maria, Santa Rosa e Soledade, em torno de 2.800 kg/ha, semelhantes ao obtido no Estado. Nas de Erechim e Passo Fundo, as produtividades obtidas foram superiores à estadual, aproximando-se de 3.400 kg/ha. O maior rendimento regional foi registrado na de Caxias do Sul, chegando a 3.700 kg/ha.

Assim, conforme a reestimativa realizada pela Emater/RS-Ascar, a área cultivada de trigo na Safra 2024 totalizou 1.322.167 hectares, e a produção 3.754.159 toneladas, sendo 62% superior à safra de 2023.

Analisando as 10 últimas safras (2015 a 2024), esta se destaca como a terceira maior em área cultivada, sendo superada apenas pelas safras de 2022 e 2023. Em termos de produtividade, apresenta resultados semelhantes aos de 2021, posicionando-se como a quarta safra mais produtiva, superada pelas de 2016, 2019 e 2022. Quanto ao volume total produzido, ocupa o segundo lugar na série histórica, ficando atrás somente da safra de 2022, que alcançou o recorde de 5.299.994 toneladas, consolidando-se como a maior produção de trigo registrada no Rio Grande do Sul.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Região da Campanha, concluiu-se a colheita. Em Caçapava do Sul, a produtividade média foi de 1.600 kg/ha, o que representa redução de 36% em relação à produtividade inicialmente estimada. Em Hulha Negra e Aceguá, a quebra foi de 8%. Contudo, além da redução, verificou-se o comprometimento da qualidade dos grãos, influenciado por condições climáticas impróprias, que impactaram negativamente a classificação dos grãos e, consequentemente, o preço de comercialização.

Na de Caxias do Sul, o rendimento médio da safra está estimado em 3.700 kg/ha, e há significativa variação tanto na qualidade quanto no volume produzido entre as lavouras. Essa variabilidade está relacionada à época de semeadura, às condições específicas de cada localidade e, principalmente, ao nível tecnológico empregado na prevenção e no controle de doenças, especialmente as que afetam as espigas. O excesso de chuvas, durante o período de floração, foi o principal fator responsável pelas maiores perdas observadas. Os melhores resultados foram obtidos em André da Rocha e Muitos Capões, onde as produtividades foram próximas a 4.200 kg/ha.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio para o PH 78, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 1,01%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 66,29 para R$ 65,62.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1845 Emater/RS completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1845

Site: EMATER/RS

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