A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos. O mercado foi pressionado pela fraca demanda pelo grão dos Estados Unidos. O produto é pouco competitivo no cenário exportador global, uma vez que a oferta da Rússia e da União Europeia é ampla e barata, principalmente no que diz respeito aos custos de frete.
Os preços estão nos menores níveis desde dezembro de 2020.
O analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, ressalta que a Rússia segue comercializando os excedentes da maior safra já colhida com preços muito agressivos. A tonelada no FOB do Mar Negro é indicada a US$ 244. No FOB do Golfo do México o trigo soft dos Estados Unidos tem indicação de US$ 250/tonelada e o hard de US$ 351/tonelada.
“Apesar de os primeiros números indicarem uma redução da produção russa na temporada 2023/24, os estoques da safra velha devem permitir que as suas vendas externas sigam fortes”, disse. Segundo o USDA, a Rússia elevaria suas exportações de 44,5 milhões de toneladas no ciclo comercial 2022/23, para 45,5 milhões de toneladas no 2023/24. “Para isso, deve seguir muito agressiva em relação a preços”, destacou.
As inspeções de exportação norte-americana de trigo chegaram a 382.031 toneladas na semana encerrada no dia 25 de maio, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava 400 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de trigo haviam atingido 440.094 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 344.319 toneladas.
No fechamento, os contratos com entrega em julho eram cotados a US$ 5,91 por bushel, baixa de 25,00 centavos de dólar, ou 4,05%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em setembro eram negociados a US$ 6,05 1/2 por bushel, recuo de 24,00 centavos, ou 3,81% em relação ao fechamento anterior.
Fonte: Agência Safras