Considerada uma praga que ataca as folhas da soja, o Tripes acomete a cultura da soja, causando danos no limbo foliar, podendo inclusive reduzir a produtividade da cultura. As principais e mais conhecidas espécies que incidem sobre a soja são a Frankliniella schultzei e a Caliothrips brasiliensis.

Conforme observado por Gamundi et al. (2005), as perdas de produtividade da soja em decorrência do ataque de tripes podem variar de 10 a 25%. Em caso de manejo inadequado ou ausência do controle da praga, elevas populações podem inclusive, causar perdas produtivas superiores a 25%.

Gamundi & Perotti (2009) destacam que o desenvolvimento da praga é favorecido por menores disponibilidades hídricas, sendo assim, períodos de estiagem devem ser monitorados com atenção a fim de avaliar a necessidade de controle de praga. Outra característica relevante e comum das espécies de tripes, é que apresentam um rápido ciclo de desenvolvimento (± 10 dias), o que contribui significativamente para o aumento populacional da praga, principalmente quando em condições ambientais adequadas.

Figura 1. Características comuns de espécies de tripes.

Os tripes possuem aparelho bucal raspador-sugador, sendo assim, o dano característico da praga é a raspagem das folhas da soja, causando lesões com aspecto prateado (Sosa-Gómez et al., 2014). A raspagem das folhas, causa o rompimento da membrana celular, resultando no extravasamento do líquido celular, morte da célula e consequentemente redução da área fotossintéticamente ativa e fotoassimilados. Além dos danos diretos ocasionando perda de produtividade, danos indiretos podem ser observados, através da transmissão de viroses, como o vírus causador da doença “queima-do-broto”.



Figura 2. Danos característicos de tripes em soja.

Glauber Stürmer, pesquisador da CCGL, chama atenção para características e particularidades dos tripes. Conforme destacado pelo pesquisador, normalmente, nos estádios iniciais do desenvolvimento, o tripes se abriga no interior dos trifólios, em folíolos ainda fechados, sendo assim, deve-se preconizar o monitoramento da praga nessas estruturas da planta. Após, durante o período de pupa, a praga permanece no solo até atingir a fase adulta.  Durante o período de pupa, a baixa disponibilidade hídrica do solo pode contribuir para o aumento populacional da praga, facilitando seu desenvolvimento. Logo, deve-se priorizar o monitoramento e manejo dos tripes em soja, especialmente em períodos de baixa disponibilidade hídrica do solo.


Veja mais: Como monitorar e quando controlar tripes em soja?


Confira o vídeo abaixo com as dicas do Pesquisador da CCGl Glauber Stürmer.


Inscreva-se agora no canal Rede Técnica Cooperativa – RTC clicando aqui!


Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais (SiteFacebookInstagramLinkedinCanal no YouTube)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.