A visão sobre o trigo Americano de 2019/20 neste mês é de disponibilidades menores, redução de uso total e aumento dos estoques finais. A produção de trigo foi reduzida em 500 mil toneladas para 53,39 MT, baseada no relatório de grãos do NASS Grain Summary, de 30 de setembro último. As importações foram reduzidas em 400 mil toneladas para 3,27 MT diante do ritmo mais leto até agora.
O relatório do NASS sobre os estoques de grãos aumentou os estoques finais de 2018/19 em 210 mil toneladas e estimou os estoques de 2019/20 no primeiro quadrimestre em 64,90MT, levemente inferiores aos do ano passado na mesma época. Estes estoques implicam no uso residual e para ração em um volume similar ao do ano passado.
Já para a temporada 2019/20 o uso residual e para ração foi reduzido em 816 mil toneladas para 3,81MT, mas permanece acima dos 2,44 MT do ano passado. As exportações foram reduzidas em 680 mil toneladas para 25,86 MT diante da redução da competitividade nos mercados internacionais.
Os estoques finais do trigo americano estão projetados em 28,40MT, um aumento de 800 mil toneladas. E a média dos preços para o agricultor foi reduzida em $ 0,10/bushel para $ 4,70.
Para o Mercado global, USDA aumenta estoques iniciais, reduz a demanda e aumenta também os estoques finais As disponibilidades mundiais para a temporada 2019/20 foram aumentadas levemente com a redução da produção, compensada pelos altos estoques iniciais, aumentados em 440 mil toneladas. A produção mundial foi reduzida em 300 mil toneladas, lideradas pela redução de 1,0 MT da Austrália diante dos efeitos da seca no país.
A produção nos EUA também foi reduzida em 500 mil toneladas e as do Canadá e da Sérvia em 300 mil tons cada um. Mas, isto foi parcialmente compensado pelos aumentos das produções da União Europeia em 1,0 MT e de 700 mil tons no Turkimenstão, diante das atualizações dos relatórios durante o mês. As exportações globais para 2019/20 foram reduzidas em 1,2 MT lideradas pela redução de 1,0 MT da Austrália, refletindo a sua safra menor. O total das importações foi reduzido em 1,1 MT com os maiores declínios ocorridos nos EUA, Turkimestão, Venezuela e Kirgizstão.
O consumo global também foi reduzido em 1,1 MT, devido à redução de 800 mil tons no uso residual e de rações dos EUA. Com disponibilidades maiores e usos menores, os estoques globais foram aumentados em 1,3 MT para o recorde de 287,8 MT, sendo um dos motivos pelo qual as cotações em Chicago caíram 7,25 cents/bushel nesta quinta-feira.
Fonte: T&F Agroeconômica