DE OLHO NA SAFRA AMERICANA

De acordo com o relatório divulgado pelo USDA na última sexta-feira (12/05), estima-se que a área colhida de milho nos Estados Unidos na safra 23/24 seja de 34,03 milhões de hectares, o que representa um incremento de 6,19% quando comparada com a safra anterior. A expectativa é de que a produtividade média fique em 189,87 sacas/ha, 4,73% superior à safra passada. Dessa forma, é esperada uma produção total de 387,75 milhões de toneladas, uma alta de 11,18% ante a safra 22/23. Essa maior produção foi motivada, principalmente, pelas perspectivas positivas quanto às condições climáticas no país, que estão permitindo o avanço da semeadura dentro da média histórica. Por fim, com essas estimativas divulgadas, o preço do contrato jul/24 na CME-Group reduziu 0,73% no comparativo diário.

Confira os destaques do Boletim:

DESVALORIZAÇÃO: seguindo o cenário das últimas semanas, o preço na B3 apresentou queda de 5,56% na semana e ficou em R$ 59,49/sc.

ALTA: devido à valorização no prêmio portuário-Santos, a paridade de exportação – jul/23 subiu 0,89% na última semana e fechou em R$ 47,10 /sc.

RETRAÇÃO: o preço na CME-Group recuou 0,37% no comparativo semanal, puxado principalmente, pela maior produção da safra 22/23 divulgado pelo USDA no dia 12/05.

Vendas de exportações de milho dos EUA reduzem na safra 22/23 ante a safra 21/22

De acordo com os dados do USDA, até a primeira semana de mai/23, o país negociou apenas 27,59 mi de t no acumulado da safra (set – ago), o que representa um recuo de 35,01% ante o mesmo período da safra passada. Essas menores negociações americanas se deram devido à menor participação da China nas compras. Para se ter uma ideia, o país asiático reduziu em 36,77% o share na safra 22/23 ante a temporada passada. Além do recuo nas compras, o país chegou a cancelar mais de 500 mil t de milho nas últimas semanas, que ainda não foram contabilizadas no relatório. Dessa forma, o mercado aguarda que essa demanda chinesa se volte para o Brasil, uma vez que para os próximos meses a colheita de milho no país deve se intensificar. Por fim, com as notícias de cancelamentos das compras pelo país asiático, os prêmios portuários voltaram a exibir campo positivo após intensas quedas no mês de abr/23.

Fonte: Boletim semanal n° 749 – Milho – Imea



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