A movimentação com algodão no mercado brasileiro seguiu em ritmo lento nesta semana. A volatilidade vinda da cena internacional resulta em cautela por parte dos produtores e comerciantes. No outro lado, as indústrias adotam uma postura retraída, esperando que o ingresso da maior safra já colhida no Brasil oportunize melhores momentos para aquisição.

Na quinta-feira, a recuperação dos preços internacionais e a leve alta do dólar em relação ao real permitiram uma nova recuperação das cotações. No CIF das indústrias paulistas, a fibra fechou a quarta-feira indicada a uma média de R$ 2,87/libra-peso, com ganhos de 0,35% em relação à véspera e reduzindo as perdas em relação ao mês passado para 2,05%.

 No FOB exportação do porto de Santos/SP a fibra brasileira fechou cotada a 71,84 cents de dólar por libra-peso (c/lb), valor 6,5% superior ao fechamento do contrato spot da Bolsa de Nova York.

“Essa diferença sugere que o mercado vem precificando um prêmio positivo para a fibra brasileira em relação à norte-americana, o que se justifica pela taxação do produto do último país pelos chineses, maiores compradores globais”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Bento.



Exportação

As exportações de algodão do Brasil renderam US$ 84 milhões em maio (12 dias úteis), com média diária de US$ 7 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 49,4 mil toneladas, com média diária de 4,1 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.700,00.

 Na comparação com abril, houve alta de 20,2% no valor médio diário exportado, de 20,5% na quantidade média e desvalorização de 0,2% no preço médio.

Em relação a maio de 2018, houve alta de 335,1% no valor médio diário da exportação, ganho de 367,3% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,9% no preço médio.

Fonte: Safras & Mercados

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