Nos últimos trinta dias, as chuvas em MT apresentaram irregularidade, com acumulados variando entre 75 e 95 mm na maior parte do estado, segundo dados do Aproclima. Esse cenário, somado às altas temperaturas, tem gerado preocupação quanto ao desenvolvimento das lavouras de soja.
Conforme relatos de informantes do Imea, já foram observados casos pontuais de falhas de estande em alguns talhões. Desse modo, a necessidade de precipitações nos próximos dias é elevada em determinadas localidades, a fim de evitar um maior percentual de ressemeadura, que até o momento ocorre de forma localizada.
De acordo com a projeção do NOAA para os próximos sete dias, são esperadas chuvas entre 35 e 45 mm na maior parte do estado, o que tende a aliviar o estresse hídrico em algumas áreas. Por fim, para os médios e longos prazos, o indicador Ensemble Mean aponta que as anomalias de precipitação previstas para nov/25 e dez/25 indicam volumes próximos à média histórica, configurando um cenário potencialmente favorável ao desenvolvimento da safra.
VALORIZAÇÃO: com a notícia de acordo entre EUA e China, e a retomada da aquisição de soja pelo país asiático, o preço corrente da soja em Chicago registrou alta de 4,49% frente a semana passada.
QUEDA: na última semana a moeda norte-americana apresentou um declínio de 0,23%, devido ao corte de juros nos Estados Unidos.
MENOR: o prêmio exportação do porto de Santos exibiu uma redução de 17,69% no comparativo semanal, encerrando o período cotado na média de ¢US$ 148,00/bu.
A semeadura da soja da safra 2025/26 em Mato Grosso atingiu 76,13% da área prevista, avançando 16,08 p.p. em relação à semana anterior
Apesar do ritmo semanal, o percentual semeado ficou abaixo do registrado no mesmo período da safra passada, com diferença de 3,43 p.p. Nesta temporada, não houve uma concentração dos trabalhos de semeadura, como observado em anos anteriores, o que tem resultado em uma distribuição mais espaçada das áreas cultivadas.
Com base nos dados do Imea sobre ciclo e tecnologia, o Instituto projetou a curva de colheita. A análise indica que, até o final de janeiro, cerca de 23,00% da área poderá estar colhida, percentual que pode superar o observado na safra passada e a média dos últimos cinco anos para o período.
Por fim, é importante destacar que o fator climático durante a colheita ainda é uma variável em aberto e, historicamente, tem sido um dos principais responsáveis por influenciar os trabalhos a campo, podendo atrasar a retirada da soja das lavouras e, consequentemente, a entrada do produto no mercado.
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Fonte: IMEA





